Economia

Bolsas em NY sobem com espera dos investidores por ajuda a montadoras

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postado em 10/12/2008 14:35
As Bolsas americanas operam em alta nesta quarta-feira (10/12), com o otimismo entre os investidores sobre a eventual aprovação no Congresso do pacote de US$ 15 bilhões para evitar quebras no setor automobilístico. A queda nos estoques no atacado e o recuo nos pedidos de hipoteca no país não abalaram o movimento dos negócios. Às 13h54 (em Brasília), a Nyse (Bolsa de Valores de Nova York, na sigla em inglês) operava em alta de 0,70%, indo para 8.752,42 pontos no índice Dow Jones Industrial Average, enquanto o S 500 subia 0,56%, para 893,63 pontos. A Bolsa Nasdaq operava em alta de 0,89%, com 1.561,07 pontos. Segundo o Departamento do Comércio, os estoques no atacado nos EUA caíram 1,1% em outubro, maior queda em sete anos. Já o número de propostas de hipotecas nos Estados Unidos teve queda de 7,1% na semana encerrada no último dia 5, com o índice que apura a quantidade de hipotecas no país chegando a 796,8 pontos, depois da alta recorde, de 112,1%, registrada na semana imediatamente anterior. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira pela MBA (Associação de Bancos de Hipoteca, na sigla em inglês). No último dia 5, a MBA informou que a porcentagem de mutuários no país que não conseguiram honrar os pagamentos mensais de suas hipotecas subiu ao número recorde de 6,99% no terceiro trimestre do ano. O registro, que se refere a mutuários que estão atrasados em pelo menos um pagamento da hipoteca, representa uma alta de 0,58 ponto percentual frente ao segundo trimestre e de 1,4 p.p. em relação ao mesmo período do ano anterior. Hoje, no entanto, predomina entre os investidores a perspectiva otimista para ver aprovada a ajuda ao setor automobilístico. Ontem, negociadores da Casa Branca e congressistas democratas chegaram a um acordo para aprovar o plano de resgate. Com isso, as fabricantes General Motors e Chrysler devem receber em poucos dias empréstimos do governo em troca da participação nas empresas. A Ford informou dispor ainda de dinheiro em caixa; a empresa pediu uma linha de crédito de US$ 9 bilhões como garantia em caso de piora do quadro em que a economia se encontra. As montadoras se comprometeram a promover reestruturações para receber os aportes bilionários. Mesmo assim, o presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, criticou duramente as administrações das empresas nesta semana. "Devemos ter uma indústria automotiva que compreenda que não pode continuar trabalhando da mesma maneira", afirmou Obama durante uma coletiva de imprensa em Chicago. "Se os diretores atualmente em função não entenderem a emergência da situação e não quiserem fazer escolhas difíceis e se adaptar às novas circunstâncias, então deverão se afastar." Para ele, quebrar não é uma opção. "Eu não acho que é uma opção simplesmente deixar que entre em colapso", disse. "O que nós temos que fazer é dar ao setor assistência, mas essa assistência é condicionada a significativos ajustes. Eles terão que reestruturar [o setor]."

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