postado em 10/12/2008 18:49
A forte valorização das ações da Petrobras e da Vale puxou a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), que operou em alta durante todo o pregão de quarta-feira. A expectativa que o Congresso americano aprove o plano de US$ 15 bilhões para ajudar as montadoras animou os investidores para voltarem às compras, optando pelas ações líderes do mercado brasileiro. O câmbio recuou para R$ 2,43 com uma ação mais intensa do Banco Central.
No mercado doméstico, o dia também foi marcado pela espera da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), que anuncia hoje a nova taxa básica de juros do país. Economistas de bancos e corretoras aguardam que o Comitê mantenha os juros em 13,75%.
O termômetro da Bolsa, o Ibovespa, valorizou 2,73% no fechamento e atingiu os 39.004 pontos. O giro financeiro foi de R$ 4,99 bilhões.
A ação preferencial da Petrobras, que movimentou R$ 861 milhões, subiu 9,09%, enquanto a ação da Vale ascendeu 6,66%, com giro de R$ 602 milhões.
O dólar comercial foi negociado a R$ 2,431 na venda, o que representa uma queda de 1,61% sobre a cotação de ontem. A taxa de risco-país marca 488 pontos, número 2% abaixo da pontuação anterior.
Montadoras
Os investidores estão animados com a perspectiva de que os legisladores americanos aprovem um pacote de US$ 15 bilhões em ajuda financeira para as montadoras. Em situação pré-falimentar, gigantes do setor automobilístico reinvindicam dinheiro do governo para sobreviver à recessão. O ´drama´ dessas empresas têm sido um dos principais focos de preocupação do mercado financeiro desde novembro. Entre as principais notícias do dia, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou que o nível de emprego na indústria brasileira caiu 0,2% em outubro, após dois meses de estabilidade nesse indicador.
De janeiro a outubro, houve crescimento de 2,6% sobre idêntico período de 2007. Nos EUA, a Associação de Bancos de Hipoteca (MBA, na sigla em inglês) informou que o número de propostas de hipotecas teve queda de 7,1% na semana encerrada no último dia 5.
Na semana imediatamente anterior, a demanda por hipotecas havia mais que dobrado (112%), devido ao programa do Federal Reserve (Fed, o BC americano), que puxou as taxas de juros para o menor nível em três anos. A Itália reconheceu oficialmente que caiu em recessão. O Istat (Instituto Nacional de Estatística) reconheceu que houve uma contração do PIB (Produto Interno Bruto) pelo segundo trimestre consecutivo, o que não ocorria há 15 anos.