Economia

Empresas dificultam mais resolução de problemas dos consumidores

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postado em 11/12/2008 08:21
As empresas brasileiras estão dificultando mais a resolução de problemas dos consumidores. Entre 1º de setembro de 2007 e 31 de agosto deste ano, 22% das 93.872 reclamações feitas por brasileiros de 19 estados ficaram sem solução. No mesmo período do ano anterior, o volume foi menor, de 18,3%. Os dados compõem o Cadastro Nacional de Reclamações Fundamentadas 2008, divulgado nesta quarta-feira (10/12) pelo Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC), do Ministério da Justiça. De cada 100 denúncias levadas ao Procon, 44 se referem a problemas com o aparelho celular ou com a prestação do serviço de telefonia móvel. Em seguida aparecem os cartões de crédito, que respondem por 6,4% das reclamações. ;O cadastro é importante porque funciona como um balizador que permite ao consumidor fazer sua escolha na hora da contratação;, orienta o diretor do DPDC, Ricardo Morishita. Dos segmentos mais problemáticos, os fabricantes de produtos aparecem em primeiro lugar. No período, geraram 61 mil reclamações. No entanto, é o segmento que mais facilmente se entende com o consumidor ; em 18,7% dos casos as partes entram em um acordo. Por outro lado, o setor financeiro, que aparece em segunda posição, com 15,1 mil denúncias, apresenta solução para apenas dois terços das reclamações. Ouça a entrevista: Ricardo Morishita, diretor do DPDC NO RADAR As empresas que menos solucionaram os problemas dos consumidores(% de reclamações não atendidas) Siemens 45,5% Gradiente 38,4% Oi 37,0% Claro 34,1% Brasil Telecom 31,3% Lojas Americanas 27,3% TIM 23,7% Fonte: Cadastro Nacional de Reclamações Fundamentadas 2008, do Sistema Nacional de Informações de Defesa do Consumidor (Sindec). Faltam soluções O incremento de casos sem solução se deve principalmente à atuação de sete companhias, de acordo com o Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC), do Ministério da Justiça, que divulgou os dados do Cadastro Nacional de Reclamações Fundamentadas 2008 ontem. Elas atenderam as reclamações em percentuais inferiores aos registrados na média nacional, de 78%. Na lista, aparecem quatro operadoras de telefonia móvel, duas fabricantes de aparelhos telefônicos e uma varejista (leia quadro). Entre os principais problemas, está a ausência de cobertura dentro do prazo de garantia, a falta de peça de reposição, a demora na entrega do produto, vício da qualidade, cobrança indevida, alteração de contrato, entre outros. A Brasil Telecom contesta o número de casos sem solução e alega que o percentual de atendimento às reclamações feitas pelos consumidores chega a 95%, e não 68%, como apresentou o DPDC. Em nota, a TIM disse estar trabalhando ;com foco na melhoria da qualidade dos serviços prestados aos clientes em todo o país e investindo em treinamento e capacitação dos profissionais de atendimento;. Também em nota, a Claro garantiu que ;todas as demandas do Procon são respondidas, bem como as demais, independentemente do canal pelo qual são registradas;. A Oi não retornou a ligação do Correio, assim como a Gradiente. A Siemens disse, em nota, que desde 2006 não é mais responsável pela área de celulares e serviços da marca no Brasil, desde que o segmento foi vendido para outra companhia. As Lojas Americanas disseram que grande parte das reclamações decorreu de problemas com fabricantes de celular, que não cumpriram prazos. Segundo a empresa, a solução foi trocar fornecedores.

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