postado em 11/12/2008 08:57
As Bolsas européias operam em baixa nesta quinta-feira (11/12), com a incerteza dos investidores sobre o futuro do pacote de ajuda ao setor automobilístico nos EUA. O pacote, de US$ 14 bilhões, foi aprovado nesta quarta-feira (10/12) na Casa dos Representantes (Câmara dos Deputados), mas as perspectivas sobre a votação da medida no Senado são de forte resistência por parte dos republicanos.
Às 8h17 (em Brasília), a Bolsa de Londres estava praticamente estável (ligeira variação negativa de 0,02%) no índice FTSE 100, indo para 4.366,54 pontos; a Bolsa de Paris caía 0,50% no índice CAC 40, indo para 3.303,66 pontos; a Bolsa de Frankfurt tinha baixa de 0,61% no índice DAX, operando com 4.775,34 pontos; a Bolsa de Amsterdã tinha baixa de 0,16% no índice AEX General, que estava com 255,73 pontos; a Bolsa de Zurique estava em baixa de 0,84%, com 5.703,49 pontos no índice Swiss Market; e a Bolsa de Milão tinha ligeira variação positiva de 0,05% no índice MIBTel, que ia para 15.396 pontos.
O projeto aprovado na Câmara concede o montante em empréstimos ou linhas de crédito - vindos de fundos do Departamento de Energia para a fabricação de automóveis ecológicos - para que as empresas continuem com suas operações e evitem a possível demissão de até 2,5 milhões de funcionários. A GM e a Chrysler devem receber empréstimos do governo em troca da participação nas empresas.
A Ford informou dispor ainda de dinheiro em caixa, mas pediu uma linha de crédito de US$ 9 bilhões como garantia em caso de piora do quadro em que a economia se encontra.
A aprovação, por 270 votos a favor e 170 contra, aconteceu depois de extensas negociações entre a Casa Branca e líderes democratas do Congresso. Entre os principais pontos estão a criação de uma autoridade responsável por controlar os fundos e acompanhar a reforma do setor e a garantia de viabilidade das empresas para o acesso aos recursos.
A Casa Branca e os republicanos querem que só recebam ajuda as empresas que comprovarem viabilidade a longo prazo. GM, Ford e Chrysler terão até 31 de março de 2009 para provar que conseguirão se manter em meio às quedas nas vendas do setor e à derrubada da produção. As montadoras que se beneficiarem com a ajuda terão de fornecer garantias em ações à administração federal, fazendo com que os contribuintes se beneficiem de qualquer futuro crescimento registrado pelas companhias, além de ficarem obrigadas a pagar sua dívida com o governo, mesmo que declarem falência.