postado em 11/12/2008 10:43
A IEA (Agência Internacional da Energia, na sigla em inglês) revisou, novamente para baixo, suas previsões sobre a demanda mundial de petróleo, e previu para 2008 a primeira queda em 25 anos, devido à atual crise econômica e financeira. "Espera-se que a demanda mundial de petróleo caia em 2008 pela primeira vez desde 1983", diz o relatório mensal da agência divulgado nesta quinta-feira (11/12).
Precisamente, acrescenta o texto, a demanda mundial cairá até os 85,8 milhões de barris diários, o que representa uma queda de 350 mil barris na comparação com a previsão anterior da agência, e de 200 mil barris diários, em relação à de 2007.
Em 2009, a expectativa é de uma mudança de tendência e um novo crescimento da demanda para 86,3 milhões de barris diários, um número também revisto para baixo (260 mil barris a menos) em relação ao mês anterior. A agência afirma que a alta de 2009 se baseia nas últimas previsões de recuperação econômica divulgadas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).
Em seu relatório anterior, de novembro, a IEA previa uma demanda de 86,2 milhões de barris para 2008 (300 mil barris a menos do que o calculado em outubro) e de 86,5 milhões para 2009.
Nos países que integram a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), a agência calculou a demanda de petróleo em 47,5 milhões de barris diários em 2008 (1,6 milhão de barris a menos que em 2007) e em 46,9 milhões, em 2009.
A agência lembra que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) retirou 760 mil barris do mercado no mês passado para fazer frente à queda da demanda provocada pela crise e para tentar fazer com que o preço do petróleo suba. Segundo a IEA, a Opep deveria produzir no próximo ano 30,7 milhões de barris diários no próximo ano (800 mil a menos que em 2008) para equilibrar o mercado.
O cartel deve definir um eventual corte de sua produção, seria o terceiro, na reunião extraordinária que realizará em 17 de dezembro na Argélia.