postado em 11/12/2008 11:17
As ações brasileiras recuperam valor desde os primeiros negócios da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) nesta quinta-feira (11/12). O mercado deve refletir hoje a aprovação do pacote bilionário de ajuda às montadoras nos EUA, aprovado na noite desta quarta-feira (10/12). Ainda ontem, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu manter a taxa básica de juros do país em 13,75% ao ano, em linha com as expectativas de boa parte dos analistas. O Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa paulista, avança 0,54% e bate os 39.214 pontos. Ontem, a Bolsa fechou em alta de 2,73%.
O dólar comercial é negociado a R$ 2,394 na venda, o que representa um recuo de 1,52% sobre a cotação de ontem. A taxa de risco-país marca 490 pontos, estável sobre a pontuação anterior.
As Bolsas asiáticas registraram ganhos modestos no fechamento de hoje, refletindo a cautela dos investidores com as notícias preocupantes vindas da economia chinesa. Ontem, o governo da China admitiu que as exportações caíram em novembro, o que não ocorria desde 2001. Em Tóquio, a Bolsa loca fechou em alta de 0,7%, enquanto o mercado de ações de Hong Kong subiu 0,23%. Na Europa, a Bolsa de Londres ascende 0,35%, enquanto o mercado de Frankfurt recua 0,73%.
Entre as primeiras notícias do dia, o governo brasileiro deve lançar hoje um pacote de medidas fiscais, para tentar amenizar os impactos da crise financeira mundial sobre o país. Estimativas preliminares apontam que as medidas podem custar R$ 10 bilhões aos cofres públicos. Na noite de ontem, a Câmara dos Representantes dos EUA aprovou o pacote de US$ 14 bilhões em ajuda para as montadoras. O projeto de lei ainda deve passar pelo crivo do Senado, onde deve enfrentar mais resistências.
Em situação pré-falimentar, gigantes do setor automobilístico reivindicam dinheiro do governo para sobreviver à recessão. O "drama" dessas empresas têm sido um dos principais focos de preocupação do mercado financeiro desde novembro. O Copom manteve a taxa básica de juros em 13,75% mas comunicou, por meio de um texto curto, que chegou a discutir a possibilidade de um corte dos juros, mas que recuou diante do "cenário de incertezas". Para analistas, o Comitê deixou uma "porta aberta" para um relaxamento da política monetária no início de 2009.