Economia

Juros sobem pelo sétimo mês e são os mais altos desde 2005

;

postado em 11/12/2008 14:41
As taxas de juros para empresas e para o consumidor mantiveram a tendência de alta em novembro, subindo pelo sétimo mês consecutivo, informou nesta quinta-feira (11/12) a Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). Com os aumentos no mês passado, as taxas para consumidores chegaram ao ponto mais alto desde novembro de 2005, enquanto para empresas é o maior desde julho daquele ano. Segundo pesquisa da Anefac, a taxa média para pessoa física apresentou uma elevação de 0,07 ponto percentual no mês, de 7,54% ao mês (139,24% ao ano) em outubro para 7,61% ao mês (141,12% ao ano) em novembro. Já para a pessoa jurídica, os juros tiveram uma elevação de 0,04 ponto percentual, de 4,43% ao mês (68,23% ao ano) em outubro para para 4,47% ao mês (69,00% ao ano) em novembro. Desde setembro de 2005, o Banco Central reduziu os juros de 19,75% ao ano para 13,75% ao ano (seis pontos percentuais). Nesse período, a taxa para pessoa física se manteve estável, enquanto as das empresas subiu 0,77 ponto percentual. Segundo a Anefac, com isso "fica evidente que não foram repassadas integralmente todas as quedas da taxa básica de juros." A associação informou que os juros se elevaram essencialmente por causa do agravamento da crise financeira global. Entre as linhas de crédito ao consumidor, a que teve a maior alta em novembro foi o CDC (Crédito Direto ao Consumidor) dos bancos - subiu 1,23%, para 3,29% ao mês (47,47% ao ano). A mais alta segue sendo a de empréstimo pessoal via financeiras, que subiu 0,69% e passou a ser de 11,7% ao mês (277,26% ao ano). O cheque especial também teve uma alta expressiva em novembro, de 1,13%. Agora, a taxa mensal média neste tipo de crédito é de 8,02% ao mês, ou 152,88% ao ano. Já nas linhas para pessoas jurídicas, a maior alta foi a da conta garantida - espécie de cheque especial para empresas. Ela subiu em média 1,23% no mês passado, passando para 5,75% ao mês (95,6% ao ano).

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação