Economia

Bovespa sobe 1,39%; dólar desaba 5,71%, a R$ 2,292

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postado em 11/12/2008 15:16
Amparada pela repercussão positiva dos pacotes de ajuda financeira aqui e nos EUA, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) registra recuperação nos negócios desta quinta-feira (11/12). No Brasil e nos EUA, os governos preparam medidas para amenizar os efeitos da crise global sobre a economia, o que melhora o humor dos investidores. O câmbio desaba para R$ 2,29, após uma nova intervenção do Banco Central. O termômetro da Bolsa, o Ibovespa, valoriza 1,39% e atinge os 39.547 pontos. O giro financeiro é de R$ 2,43 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York virou e tem leve alta de 0,10%. O dólar comercial é comercializado a R$ 2,292 na venda, em forte declínio de 5,71%. A taxa de risco-país marca 488 pontos, número 0,40% abaixo da pontuação anterior. O Banco Central já realizou hoje um leilão de 69 mil contratos de "swap" cambial, que oferecem proteção ao agente financeira contra as oscilações da moeda americana. Os bancos tomaram 24.400 desses contratos. Corretores de câmbio destacam ainda que o fluxo de saída de recursos está menor nas operações de hoje. Dezembro é, historicamente, um mês em que a remessa de dólares para o exterior é mais alta. Entre as principais notícias do dia, o governo brasileiro deve lançar hoje um pacote de medidas fiscais, para tentar amenizar os impactos da crise financeira mundial sobre o país. Estimativas preliminares apontam que as medidas podem custar R$ 10 bilhões aos cofres públicos. A ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) anunciou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou que o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal reduzam os juros praticados em suas linhas de empréstimo. Front externo No front externo, o Departamento do Trabalho dos EUA divulgou que a demanda pelos benefícios do auxílio-desemprego foi a maior em 26 anos. Segundo o órgão, o número de pedidos iniciais de auxílio-desemprego cresceu em 58 mil na semana encerrada no último dia 6, elevando o total de solicitações iniciais do benefício para 573 mil. E na noite de ontem, a Câmara dos Representantes dos EUA aprovou o pacote de US$ 14 bilhões em ajuda para as montadoras. O projeto de lei ainda deve passar pelo crivo do Senado, onde deve enfrentar mais resistências. Em situação pré-falimentar, gigantes do setor automobilístico reivindicam dinheiro do governo para sobreviver à recessão. O "drama" dessas empresas têm sido um dos principais focos de preocupação do mercado financeiro desde novembro. Cena doméstica O Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a taxa básica de juros em 13,75% mas comunicou, por meio de um texto curto, que chegou a discutir a possibilidade de um corte dos juros, mas que recuou diante do "cenário de incertezas". Para analistas, o Comitê deixou uma ´porta aberta´ para um relaxamento da política monetária no início de 2009.

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