Economia

Senado tenta agilizar votação de plano para montadoras dos EUA

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postado em 11/12/2008 16:02
Líderes do Senado dos Estados Unidos continuam nesta quinta-feira (11/12) as negociações para agilizar a votação de um plano de resgate para as montadoras americanas, que enfrenta oposição dos republicanos. Fontes consultadas disseram que tanto democratas como republicanos estão envoltos em um debate sobre "assuntos de procedimento" e, por enquanto, não há sinais de que o plano de resgate de US$ 14 bilhões possa ser votado ainda hoje. O escritório do líder da maioria democrata no Senado, Harry Reid, informou não descartar que, perante o atual panorama, a votação do projeto de lei seja adiada até o fim de semana. Embora se encontrem sob fortes pressões da Casa Branca, alguns republicanos deixaram clara a intenção de bloquear a votação do projeto de lei, que foi aprovado na noite desta quarta-feira na Casa dos Representantes (Câmara dos Deputados). Em discurso de quase meia hora no plenário do Senado, o senador republicano do Tennessee Bob Corker defendeu hoje seu plano alternativo para, entre outras coisas, obrigar as montadoras a reduzir suas dívidas e se declarar em quebra. "Minha proposta é muito singela: encontremos o dinheiro que as empresas pedem, mas exijamos em troca condições", disse Corker - em cujo Estado há uma fábrica da General Motors. Segundo Corker, os problemas das empresas estão intimamente vinculados com "sua estrutura de capitais" e seus custos trabalhistas. Ele insistiu ainda que sua proposta "é adequada, singela, resolve o problema e ajuda as companhias a melhorar". Corker disse ter conversado na manhã de hoje por telefone com os diretores da GM e com o presidente do United Auto Workers (UAW, o sindicato dos trabalhadores na indústria automobilística dos EUA), Ron Gettelfinger, sobre a proposta. No Congresso, os legisladores estão conscientes do caos que geraria com um eventual colapso das empresas e que a possível demissão de milhões de trabalhadores debilitaria até mais a já desgastada economia americana. No entanto, persistem as disputas sobre vários pontos-chave, e um deles gira em torno da autoridade que teria um indicado para supervisionar a gestão dos fundos e a reforma do setor. A legislação aprovada pela Câmara obriga as empresas a limitar os salários e compensações de executivos, os dividendos de acionistas, e a elaborar um plano detalhado, para 31 de março de 2009, sobre a viabilidade a longo prazo. Como pedem os democratas, o dinheiro sairia de um programa do Departamento de Energia arquitetado para a fabricação de carros mais eficientes e ecológicos.

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