postado em 12/12/2008 14:30
O Departamento do Tesouro informou nesta sexta-feira (12/12) que está preparado para resgatar a indústria automobilística e evitar quebras, depois que o plano de ajuda que a Casa dos Representantes (Câmara dos Deputados) aprovou nesta semana foi rejeitado ontem no Senado.
"Dado que o Congresso não atuou, estamos prontos para impedir uma queda imediata até que o Parlamento inicie seu novo período (de sessões) e atue para se ocupar da viabilidade da indústria a longo prazo", disse a porta-voz do Tesouro, Brooklyn McLaughlin.
O departamento informou que intervirá com empréstimos destinados a General Motors, Ford e Chrysler até que o Congresso tenha tempo para considerar um plano de socorro de longo prazo, no próximo ano. Também hoje, a Casa Branca sugeriu que pode lançar mão do plano de resgate de US$ 700 bilhões destinado inicialmente ao setor financeiro para ajudar às montadoras, algo que tinha sido negado até agora.
"Dada a condição atual de fragilidade da economia americana, vamos considerar outras opções se necessário ; incluindo o uso do programa Tarp ; para evitar o colapso das montadoras com problemas", disse em um comunicado, a porta-voz da Casa Branca, Dana Perino. "Um colapso desse setor teria um impacto severo sobre nossa economia e seria uma irresponsabilidade enfraquecer e desestabilizar ainda mais nossa economia neste momento".
Segundo o governo americano, um colapso na indústria automobilística dos EUA teria um impacto severo sobre a economia do país ; que já se encontra em recessão desde o fim de 2007. Ontem, o plano de resgate, de US$ 14 bilhões, que vinha sendo negociado há dias para salvar principalmente a General Motors e a Chrysler, foi rejeitado no Senado dos EUA. A Casa dos Representantes (Câmara dos Deputados) havia aprovado nesta semana a medida, mas os senadores, em particular os republicanos, se opuseram à iniciativa.
O projeto aprovado na Câmara concederia o montante em empréstimos ou linhas de crédito ; vindos de fundos do Departamento de Energia para a fabricação de automóveis ecológicos ; para que as empresas continuassem com suas operações e evitassem a possível demissão de até 2,5 milhões de funcionários. Sem o empréstimo, o consenso é de que o colapso das companhias agravaria a crise econômica com a eliminação de milhões de empregos. A GM é a que mais precisava da ajuda, enquanto a Ford disse que só usaria os recursos se sua situação se agravasse.