postado em 12/12/2008 15:31
O relatório final elaborado pela Auditoria Geral da Nação (AGN), órgão técnico do Congresso argentino, sobre o estado contábil da Aerolíneas Argentinas indica que a situação patrimonial da empresa é pior que a apontada no estudo preliminar e que a informada pelo grupo espanhol Marsans, dono da companhia.
Segundo a imprensa local, a auditoria determinou que a empresa e sua subsidiária Austral somavam em conjunto um patrimônio líquido negativo em 17 de julho de 2,515 bilhões de pesos (US$ 737,8 milhões).
Em um relatório preliminar, a AGN havia informado que o patrimônio negativo era de 2,19 bilhões de pesos (US$ 642,5 milhões), embora sujeito a ajustes, pois seu trabalho de revisão contábil não estava concluído.
Nos estudos contábeis apresentados pela Marsans, o patrimônio negativo das empresas era de 894 milhões de pesos (US$ 262,2 milhões) até 17 de julho, quando o grupo espanhol assinou um acordo para vender a companhia ao governo argentino.
A negociação naufragou pelas diferenças entre as partes sobre o valor das ações da empresa.
Segundo o relatório da AGN, apresentado perante o Parlamento argentino, os números finais "confirmam a situação de progressiva deterioração econômico-financeiro das companhias aéreas auditadas".
O trabalho de auditoria também determinou que em 17 de julho a Aerolíneas Argentinas acumulava perdas líquidas de 673 milhões de pesos (US$ 197,4 milhões), enquanto o prejuízo da Austral era de 130 milhões de pesos (US$ 38,1 milhões).
Além disso, explica que de julho até 5 de dezembro o governo desembolsou 897 milhões de pesos (US$ 263,1 milhões) para manter as companhias em operação.