Economia

Brasiliense segue conselho de Lula e sai às compras

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postado em 15/12/2008 08:36
A crise financeira mundial, que afugentou os consumidores das lojas, está dando trégua. Pelo menos em Brasília. Ontem, o Correio percorreu a Feira dos Goianos, Feira do Importados, Feira do Guará, ParkShopping e Conjunto Nacional e encontrou corredores e sacolas cheias. Um presente antecipado para os comerciantes. Para a maioria dos compradores está sendo fácil seguir o conselho do presidente Lula e gastar, mas à vista. Promoções e prazos flexíveis são alguns dos atrativos do comércio neste Natal. Com estoques cheios, buscam alternativas para não perder vendas. Ainda que o otimismo esteja em alta, os empresários estão na expectativa de que os próximos dias sejam mais vantajosos. ;Nesta época, ano passado, os corredores estavam muito mais lotados. Diminuímos os preços por causa da crise e tomara que valha a pena;, comenta Diego Martin, dono de uma banca de roupas femininas na Feira dos Goianos. ;Para nós está sendo bom. É importante oferecer o produto que o povo quer e com preços que pode pagar;, salienta Joaquim Moraes, proprietário de uma banca de bijouterias na Feira do Guará. Porém, nem todos estão confiantes: ;Tem quatro anos que trabalho aqui e nunca vi situação tão ruim. Mas vai melhorar, tem que melhorar;, reclama Marilda Diniz, da banca ao lado. Diniz ampliou os estoque de vestidos e roupas de festa acreditando que a crise seria passageira. ;Nem imaginava que isso iria acontecer, estou com as prateleiras cheias.; O clima do Natal também chegou na Feira dos Importados. Segundo o presidente da Associação dos lojistas da feira, ontem o fluxo de clientes foi bem maior que na semana passada, o que provocou a extensão do horário de funcionamento do centro comercial. ;Hoje (ontem) funcionamos até às 19h30, na segunda-feira (hoje) vamos abrir as lojas por conta da procura. Normalmente é o dia de fecharmos as portas. A maioria está olhando os produtos mas começam a comprar aos poucos.; Shopping As filas na entrada dos estacionamentos do ParkShopping e do Conjunto Nacional anunciavam o que os compradores encontrariam dentro dos shoppings. As lojas estão movimentadas, mas não há tumulto característico desta época do ano. As sacolas começam a fazer parte da decoração de fim de ano. ;Comprei presentes para meus filhos e sobrinhos. Estou comprando à vista e acho que está igual ao ano passado. O meu Natal não sentiu a crise;, afirma o servidor público Edwin Paiva, de 36 anos, com as mãos cheias de pacotes. Os vendedores também estão animados. ;As pessoas estão comprando com cautela, é natural. Não querem ter dívidas para depois, escolhem pagar em dinheiro ou no cartão à vista;, comenta a vendedora Jussara Barbosa. ;Chegamos a pensar que seria pior do que está sendo. Não tem como pensar negativo, a crise assustou todo mundo, fez com que fugissem das lojas. Vamos ver se agora tudo volta ao normal;, completa Marcos Vinícius Bouças, funcionário de uma loja de sapatos no Conjunto Nacional.

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