postado em 15/12/2008 13:21
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) opera com perdas nesta segunda-feira (15/12), acompanhando o recuo das Bolsas americanas após a explosão de uma fraude bilionária gerada pelo ex-presidente da Nasdaq, Bernard Madoff. O mercado ainda aguarda por um desfecho sobre o pacote de ajuda financeira às montadoras americanas e da nova taxa de juros daquele país.
O Ibovespa, principal indicador da Bolsa paulista, indicava recuo de 0,38%, aos 39.222 pontos, por volta das 13h20. O giro financeiro era de R$ 2,31 bilhões, com cerca de 100 mil negócios realizados. Já o dólar comercial era negociado a R$ 2,363 para a venda, com baixa de 0,12%.
Em Nova York, o índice Dow Jones apresenta recuo de 0,73%, aos 8.566,22 pontos, enquanto o Nasdaq Composite perde 1,47%, aos 1.518,14 unidades.
O mercado americano perde terreno hoje devido ao escândalo financeiro que envolve Bernard Madoff, ex-presidente da Nasdaq. Ele criou um tipo de pirâmide financeira, na qual se prometem retornos muito altos a investidores iniciais, que são remunerados com o dinheiro de quem adere ao esquema posteriormente. A estimativa é que ele tenha causado prejuízo de aproximadamente US$ 50 bilhões, tendo como vítimas diversos bancos e grandes investidores individuais.
Outra notícia ruim veio da indústria. A atividade do setor na região de Nova York registrou contração em dezembro, chegando a um recorde de -25,8 pontos, contra -25,4 pontos um mês antes no índice Empire State, apurado pelo Federal Reserve de Nova York (uma das 12 divisões regionais do Fed, o BC americano). O índice é o menor desde que a pesquisa começou a ser realizada, em 2001.
O mercado também espera pelo pacote de ajuda às montadoras. Na semana passada, um impasse entre senadores republicanos e os sindicatos do setor causaram o fracasso na aprovação do plano de resgate, de US$ 14 bilhões. Com isso, as Bolsas do mundo todo amargaram perdas na sexta-feira. Porém, a Casa Branca informou durante o final de semana que poderia usar recursos do pacote de US$ 700 bilhões, já aprovado pelo Congresso, na ajuda às montadoras.