postado em 16/12/2008 15:36
O conselho de direção do Banco Europeu de Investimentos (BEI) aprovou nesta terça-feira (16/12) o plano de atuação da entidade para o período 2009-2011, que inclui novos limites para operações de financiamento com o objetivo de reduzir o efeito das crises financeira e econômica.
Como pedido pelos 27 países-membros da União Européia (UE), o BEI aumentará os empréstimos totais em 2009 e 2010 em cerca de 30% (15 bilhões de euros a mais anuais) em relação a anos anteriores.
Em comunicado, a instituição explicou que espera que os créditos impulsionem um investimento total de 72 bilhões de euros.
Quanto à distribuição desses fundos, o BEI prevê aumentar o financiamento a pequenas e médias empresas em 50%, até um total de 15 bilhões de euros nos dois próximos anos.
Além disso, desenvolverá uma nova linha de crédito para compartilhar o risco com entidades privadas.
Em linha com os objetivos de luta contra a mudança climática, aumentará em seis bilhões de euros anuais os empréstimos para infra-estruturas energéticas. O valor inclui uma linha de quatro bilhões anuais (dois bilhões a mais que o previsto até agora) centrada no transporte limpo e da qual se beneficiarão indústrias do automóvel e de autopeças.
Já que a crise financeira terá um efeito maior em alguns países, o BEI elevará seus empréstimos para "convergência" em 2,5 bilhões de euros adicionais ao ano, até 19,5 bilhões de euros.
O banco já alocou 5 bilhões de euros, que podem ser utilizados para ajudar financeiramente as pequenas e médias empresas de países da Europa Central e do Leste Europeu e em nações candidatas através do setor bancário local, e poderia elevar esse valor se fosse necessário.
Para poder alcançar todos estes objetivos, a direção do BEI concordou em propor ao conselho do Governo da entidade antecipar a ampliação de capital prevista para 2010, com a qual o capital assinado passará de 67 bilhões de euros a 232 bilhões de euros.
O presidente do BEI, Philippe Maystadt, confiou em que o apoio financeiro adicional efetuado pela entidade ajudará a apoiar a economia real e especialmente as empresas em um contexto econômico difícil.
Ele ressaltou que, como recomendou o Conselho Europeu, seu projeto de aumentar o financiamento é temporário (para 2009-2010), dirigido (centrado nas pequenas e médias empresas e na mudança climática) e imediato.