Economia

Bolsas de NY caem mesmo com corte histórico nos juros

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postado em 17/12/2008 13:24
As Bolsas americanas abriram nesta quarta-feira (17/12) com perdas, ignorando a decisão do Fed (Federal Reserve, o BC americano) de cortar a taxa básica de juros do país para o nível mais baixo de sua história. O temor do agravamento da crise e o prejuízo bilionário do banco Morgan Stanley são os principais motivos do mau humor dos investidores em Wall Street. Além disso, o mercado aproveita o dia para realizar lucros relativos à alta de ontem. Às 13h10 (em Brasília), a Nyse (Bolsa de Valores de Nova York, na sigla em inglês) estava em baixa de 1,02%, indo para 8.832,94 pontos no índice Dow Jones Industrial Average, enquanto o S 500 perdia 1,06%, para 903,51 pontos. A Bolsa tecnológica Nasdaq operava em baixa de 0,92% no indicador Nasdaq Composite, indo para 1.575,61 pontos. O Federal Reserve (Fed, o BC americano) decidiu ontem estabelecer sua taxa de juros para uma margem entre zero e 0,25% ao ano, em sua última reunião regular de 2008, o menor patamar de sua história. Foi uma medida mais agressiva do que o mercado esperava, mas mesmo assim não consegue fazer o investidor migrar seus recursos para o mercado acionário. O mercado prefere dar mais ouvidos para as más notícias na "economia real", que vão concretizando a recessão na economia americana. Segundo uma pesquisa divulgada hoje pelo diário americano "The Washington Post", quase um terço dos americanos disseram que a crise já afetou seus bolsos. 53% ainda reportaram que já sofreram perdas financeiras com a turbulência no mercado financeiro. No ramo corporativo, a principal notícia também é ruim: o banco Morgan Stanley anunciou que teve prejuízo de US$ 2,37 bilhões no seu quarto trimestre fiscal (entre setembro e novembro). O resultado foi pior que o esperado por economistas do setor financeiro, que estimavam perdas de US$ 2,2 bilhões. Ontem, outro gigante bancário americano, o Goldman Sachs, reportou seu primeiro prejuízo trimestral desde quando lançou ações em Bolsa de Valores, em 1999. A perda foi de US$ 2,12 bilhões no quarto trimestre do exercício fiscal de 2008 (encerrado no final de novembro). A perda por ação atingiu US$ 4,97, muito acima do previsto por analistas, que estimavam prejuízo de US$ 3,50 por ação para o período.

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