Economia

Emissão de cheques sem fundo cresce 12,5% em novembro, aponta Serasa

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postado em 17/12/2008 18:24
O volume de cheques devolvidos por falta de fundos em novembro aumentou 12,5% na comparação com o mesmo mês do ano passado, segundo indicador Serasa divulgado nesta quarta-feira. No mês passado foram devolvidos 21,6 cheques por mil compensados - recorde no ano -, enquanto no mesmo período de 2007 foram 19,2 cheques. Na comparação entre os meses, houve 105,44 milhões de cheques compensados no país, em novembro de 2008, sendo que 2,28 milhões foram devolvidos por falta de fundos. No mesmo mês do ano passado, os números foram de 123,91 milhões e 2,38 milhões, respectivamente. Na variação mensal (novembro sobre outubro de 2008) os cheques sem fundos a cada mil compensados aumentaram 7,5%. Em outubro deste ano foram compensados 118,56 milhões de cheques e devolvidos 2,39 milhões, o que representou 20,1 cheques devolvidos a cada mil compensados. No acumulado do ano também houve acréscimo de 1% no indicador em relação a 2007. Até novembro deste ano foram 19,8 cheques devolvidos por mil compensados, ante 19,6 no mesmo período do ano passado. Em todo o país, foram registrados 1,27 bilhão de cheques compensados, de janeiro a novembro deste ano, com 25,17 milhões de cheques devolvidos por insuficiência de fundos. Nos 11 meses do ano passado, os cheques compensados totalizaram 1,41 bilhão, e os devolvidos, 27,63 milhões. No ranking anual por Estado, Roraima aparece no topo da lista, com 79,2 cheques sem fundos a cada mil compensados, seguido por Maranhão (71,8) e Acre (68,8). Na outra ponta da tabela está São Paulo, com 15,3 cheques devolvidos para cada mil compensados, antecedido por Mato Grosso do Sul (16,5) e Paraná (16,9). Sazonalidade Para os técnicos da Serasa, a inadimplência com cheques devolvidos por falta de fundos está em alta e novembro carrega a sazonalidade dos indicadores de inadimplência por conta do descontrole no uso dos cheques pré-datados nas compras do Dia das Crianças. "De forma inédita, novembro superou o recorde de maio, no volume de cheques devolvidos a cada mil compensados, devido às questões conjunturais: juros mais altos e menor oferta de crédito - efeitos da crise global -, aliados ao maior endividamento de parte da população", diz a empresa em nota.

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