Economia

Presidentes pedem que EUA mantenham preferências tarifárias para Bolívia

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postado em 17/12/2008 21:42
Em um comunicado de apoio à Bolívia, os 33 países que participaram da Cúpula da América Latina e do Caribe sobre Integração e Desenvolvimento (Calc), pedem aos Estados Unidos que mantenham as preferências tarifárias oferecidas pela Lei de Promoção Comercial Andina e Erradicação de Drogas (Atpdea). A preocupação é com o impacto que o fim do acordo pode provocar no comércio entre os dois países e suas conseqüências sobre o emprego na Bolívia. De acordo com o presidente boliviano, Evo Morales, as preferências tarifárias permitiam à Bolívia exportar US$ 21 milhões por ano, em têxteis, aos Estados Unidos. O programa, implementado em 1991, prevê tarifa zero para a entrada de seis mil produtos no mercado norte-americano em troca da erradicação de drogas na Comunidade Andina. A suspensão das preferências tarifárias oferecidas a produtos bolivianos foi anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, no final de setembro sob a justificativa de que o governo boliviano não vinha colaborando na luta contra o narcotráfico. No comunicado desta quarta-feira (17/12), os presidentes latino-americanos e caribenhos se dizem conscientes de que a luta comum contra o problema mundial das drogas é uma ;prioridade;, e ;encorajam; os governos dos Estados Unidos e da Bolívia a dialogar no sentido de manter a cooperação bilateral. Nesta terça (16/12), os chefes de Estado do Mercosul já haviam manifestado seu apoio à Bolívia, anunciando a flexibilização das regras de comércio para facilitar a importação de produtos bolivianos, de forma a compensar a perda do mercado norte-americano.

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