Economia

Bolsas européias sobem com expectativa por nova ajuda bilionária nos EUA

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postado em 18/12/2008 08:45
As Bolsas européias operam em alta nesta quinta-feira (18/12). A expectativa dos investidores de que o presidente eleito dos EUA, Barack Obama, tentará em 2009, quando já estiver no cargo, aprovar um pacote de US$ 850 bilhões para reativar a economia americana, atualmente em recessão. Isso ofuscou as perdas nos papéis da fabricante de semicondutores ASML e da rede varejista Carrefour, nos primeiros movimentos do dia. Na Ásia e região, as Bolsas subiram, com a expectativa pela decisão do Banco do Japão (BC do país) sobre juros. Às 7h37 (em Brasília), a Bolsa de Londres estava em alta de 0,44% no índice FTSE 100, indo para 4.343,06 pontos; a Bolsa de Paris, a exceção do dia, tinha baixa de 0,13% no índice CAC 40, indo para 3.237,57 pontos; a Bolsa de Frankfurt tinha alta de 1,24% no índice DAX, operando com 4.767,37 pontos; a Bolsa de Amsterdã tinha alta de 0,81% no índice AEX General, que estava com 249,76 pontos; a Bolsa de Zurique estava em alta de 1,26%, com 5.618,38 pontos no índice Swiss Market; e a Bolsa de Milão tinha ligeira variação positiva de 0,08% no índice MIBTel, que ia para 15.115 pontos. Segundo um assessor do presidente eleito ouvido pelo site especializado Bloomberg, Obama pode tentar obter no próximo ano a aprovação de um plano de estímulo à economia americana. Segundo a fonte, esse é o valor que vem sendo considerado pela equipe de transição de Obama como necessário para tirar a economia dos EUA da recessão, em que se encontra desde dezembro de 2007. O secretário do Tesouro, Henry Paulson, pode requisitar ao Congresso a segunda metade do pacote de US$ 700 bilhões, aprovado em outubro, para resgatar bancos em dificuldades - mas que já teve sua orientação modificada para ajudar também empresas fora do setor financeiro e pode vir a ser aplicado no salvamento das montadoras americanas - GM, Ford e Chrysler -, que passam por uma crise. Na Europa, as ações do laboratório farmacêutico Sanofi-Aventis e do conglomerado Unilever registravam alta de cerca de 1,5%. Já os papéis da ASML caíam 5,2%, depois de ter reduzido sua previsão de vendas para o ano. As ações do Carrefour caíam 7,2%, depois que a empresa reduziu sua previsão de lucro e receita pela segunda vez neste ano. Além disso, a companhia aérea British Airways tinha queda de 3,8% em suas ações; a empresa encerrou as negociações com a australiana Qantas Airways sobre uma fusão, por não chegar a um acordo em termos essenciais. Na Ásia e região, a Bolsa de Tóquio subiu 0,64%; a Bolsa de Hong Kong subiu 0,24%; a Bolsa de Sydney (Austrália) subiu 0,19%; a Bolsa de Seul (Coréia do Sul) avançou 0,53%; e a Bolsa de Xangai (China) ganhou 1,97%. As principais Bolsas de Valores da Ásia fecharam o dia com leves altas com a expectativa dos investidores por um corte de juros promovido pelo Banco do Japão (o Banco Central do país). A medida é esperada após a redução para quase zero realizada pelo Fed (Federal Reserve, o BC dos EUA) no mercado americano. Segundo previsão do Goldman Sachs, o Banco do Japão pode cortar de 0,3% até 0,15% ao ano. O JP Morgan anunciou que o banco deve cortar sua taxa básica de juros para 0,1%. Nesta terça-feira (16), o Fed decidiu estabelecer sua taxa de juros para uma margem entre zero e 0,25% ao ano, em sua última reunião regular de 2008, o menor patamar de sua história. Foi uma medida mais agressiva do que o mercado esperava, mas mesmo assim não consegue fazer o investidor migrar seus recursos para o mercado acionário.

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