Economia

Petróleo recua quase 10% em NY e fica abaixo dos US$ 40

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postado em 18/12/2008 19:21
O petróleo seguiu nesta quinta-feira (18/12) sua tendência de baixa causada pelo aprofundamento da desaceleração econômica global. O recuo hoje em Nova York foi de quase 10%, e fez com que a commodity chegasse fechasse na casa dos US$ 30 pela primeira vez nos últimos quatro anos e meio. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril de petróleo leve tipo WTI para entrega em janeiro perdeu 9,58%, indo para US$ 36,22. Em Londres o desempenho foi um pouco melhor: o barril de Brent para entrega em janeiro recuou 4,7%, para US$ 43,36. O mercado promete ficar ainda mais turbulento amanhã, já que é o último dia dos negócios para entrega em janeiro. A partir da próxima segunda-feira, o contrato mais próximo passa a ser o de fevereiro - que hoje fechou em US$ 41,67. Durante os negócios em Nova York, o preço chegou a ser de US$ 35,98 - o que significaria uma queda de 75% sobre o recorde histórico de US$ 147,27 para a commodity, que foi batido em julho deste ano. Um dos principais motivos para a queda de hoje foi a redução dos preços da gasolina e do diesel na China, o que sugeriu aos investidores que a demanda no país está em queda. Esse é hoje um dos maiores temores do mercado de petróleo: já que é certa a queda do consumo nos Estados Unidos, eles esperavam que os países asiáticos, em especial a China, sustentassem parte da demanda mundial. Nem mesmo a desvalorização do dólar ante outras moedas, como o euro, foram suficientes para reduzir a queda. Em outras ocasiões, especialmente no começo do ano, o enfraquecimento da moeda americana foi usado pelo mercado como justificativa para a alta dos preços, uma vez que a commodity é cotada em dólar. O mercado também ignorou, como já fez ontem, a decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) de fazer o maior corte de sua produção na história, de 2,2 milhões de barris diários. Para a maioria dos analistas, a medida não surte o efeito desejado porque a demanda tende a se reduzir bem mais do que o corte.

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