Economia

Bolsas americanas fecham em forte baixa com General Electrics e petróleo

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postado em 18/12/2008 20:38
As bolsas americanas fecharam em forte baixa nesta quinta-feira (18/12), abalada pelas dificuldades do conglomerado General Electric e pela queda dos preços do petróleo. O Dow Jones Industrial Average (DJIA), principal índice da Bolsa de Nova York, recuou 2,49%, fechando a 8.604,99 pontos, e o Nasdaq caiu 1,71%, a 1.552,37 pontos. O índice ampliado Standard & Poor´s 500 recuou 2,11%, fechando em 885,35 pontos. Wall Street sofreu um duro golpe quando a agência de classificação Standard & Poor´s (SP) abaixou a perspectiva da nota da GE, destacaram os especialistas do site de análise financeira Briefing.com. O anúncio abalou profundamente o mercado porque a GE, que trabalha com setores de atividade tão diversos como mídia e energia, é considerada um indicador da saúde das empresas americanas. As ações da GE caíram 8,22%, para US$ 15,96. Além disso, a queda dos preços do petróleo, cujo barril ficou abaixo de US$ 36 pela primeira vez desde 2004, "pesaram nos indicadores", afirmou Peter Cardillo, da Avalon Partners. Durante os negócios em Nova York, o preço chegou a ser de US$ 35,98 - o que significaria uma queda de 75% sobre o recorde histórico de US$ 147,27 para a commodity, que foi batido em julho deste ano. Dados macroeconômicos ruins Hoje, o Departamento do Trabalho informou que o número de pedidos iniciais de auxílio-desemprego nos EUA caiu em 21 mil na semana encerrada no último dia 13; mesmo assim, continua como uma evidência da recessão em que a economia americana caiu em dezembro - o total ficou em 554 mil. Na semana imediatamente anterior, o total havia sido de 575 mil (dado revisado). Números acima de 400 mil indicam uma economia em recessão. A média quadrissemanal, que atenua as volatilidades das leituras semanais, ficou em 543.750, um aumento de 2.750 pedidos em relação à média imediatamente anterior, 541 mil. No mês passado, a economia americana perdeu 533 mil empregos, devido à recessão em curso nos EUA desde dezembro de 2007. A taxa de desemprego no país, por sua vez, ficou em 6,7%, a mais alta dos dois mandatos do presidente americano, George W. Bush. Plano Obama e sua equipe econômica avaliam as bases de um pacote de estímulo financeiro de US$ 850 bilhões (R$ 2 trilhões) para os dois primeiros anos de governo. O plano incluiria ainda uma redução na carga tributária dos americanos, mas não deve abranger 90% das famílias americanas como o democrata prometeu em campanha. Os investidores tiveram razões para se preocuparem também com as informações sobre a FedEx, que anunciou um crescimento de 3% em seus ganhos, mas informou que prosseguirá cortando custos devido à queda contínua da demanda.

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