postado em 18/12/2008 22:06
Afetada pela crise internacional, a França entrará em recessão no início do próximo ano, pela primeira vez desde 1993, com a economia em queda livre e um importante aumento do desemprego, prevê o Instituto Nacional de Estatística em um documento que será publicado nesta sexta-feira.
Após um leve aumento do Produto Interno Bruto (PIB), de 0,1%, no terceiro trimestre de 2008, o Instituto Nacional de Estatística e Estudos Econômicos (INSEE) prevê uma queda de 0,8% no último trimestre, seguida de um recuo de 0,4% nos primeiros três meses de 2009.
Segundo o INSEE, os primeiros efeitos do plano de reativação, de 26 bilhões de euros, anunciado no início de dezembro pelo presidente Nicolas Sarkozy, só serão sentidos no segundo trimestre, quando o PIB ainda cairá, 0,1%, somando três trimestres consecutivos de queda.
Apesar do crescimento se manter positivo este ano ( 0,8% contra 2,1% em 2007), existe um enorme risco de que 2009 termine com uma sensível queda do PIB.
O INSEE prevê uma contração da atividade de 1,1% até o final de junho de 2009, e para o ano não ter um crescimento zero, "será preciso que a França registre avanço de 1,4% em cada um dos dois últimos trimestres do ano", destaca o chefe do departamento de Conjuntura do INSEE, Eric Dubois, avaliando que isto parece pouco provável.
O governo francês segue contando com um crescimento de entre 0,2% e 0,5% para 2009, estimando que o plano de reativação permitirá evitar a recessão.