Economia

Bovespa recua 1,03%; dólar sobe 0,29%, a R$ 2,366

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postado em 19/12/2008 11:30
A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) sofre fortes perdas desde os primeiros negócios desta sexta-feira (18/12), em um dia de mau humor generalizado nas Bolsas internacionais e com a "queda livre" das cotações do barril de petróleo. O mercado também aguarda novidades sobre um plano de auxílio do governo americano para socorrer às montadoras, à beira da falência. O câmbio atinge R$ 2,36. Em Nova York (Nymex), o barril de petróleo bate US$ 34,20, em forte queda de 5,6%. Ontem, o preço dessa commodity já havia recuado 9,58%, em meio à expectativa de uma recessão da economia global. O termômetro da Bolsa, o Ibovespa, cede 1,03% e bate os 39.130 pontos. Ontem, a Bolsa fechou em queda de 1,03%. O dólar comercial é negociado a R$ 2,366, o que representa um avanço de 0,29% sobre a cotação de ontem. Profissionais de corretoras atribuem a disparada das taxas às novas regras do Banco Central, que exigem das empresas que detalhem seus balanços sua vulnerabilidade às oscilações do câmbio. A regra teria motivado algumas empresas a fugir de posições especulativas no mercado futuro, comprando dólar no mercado à vista. A taxa de câmbio brasileira também acompanha a tendência internacional de valorização dólar, que ganha força frente ao euro e ao iene, principalmente depois que o banco central japonês voltou a reduzir os juros básicos da economia local. Em um momento de aversão alta ao risco, a moeda americana ainda continua a ser um "porto seguro" num cenário em que as maiores economias mundiais enfrentam uma recessão. E o noticiário doméstico não ajuda no fortalecimento do real: o Banco Central prevê uma diminuição em 25% do volume de investimento direto estrangeiro. As Bolsas asiáticas encerraram os negócios de hoje com perdas, a exemplo de Tóquio (declínio de 0,91%) e Hong Kong (baixa de 2,39%). Na Europa, a Bolsa de Londres cede 2,25% enquanto o mercado de Frankfurt cai 1,54%. Entre as primeiras notícias do dia, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) revelou que a taxa de desemprego subiu para 7,6% em novembro ante 7,5% em outubro. Economistas do setor financeiro projetavam 7,4%.

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