Economia

Brasil tem superávit de 7,3 bilhões de euros no comércio com UE

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postado em 19/12/2008 12:32
A balança comercial do Brasil com a UE (União Européia) registrou superávit de 7,3 bilhões de euros (R$ 24 bilhões) nos nove primeiros meses de 2008, o que representou uma ligeira queda em relação aos 8,4 bilhões de euros registrados no mesmo período do ano anterior, afirmou nesta sexta-feira o Eurostat, escritório estatístico do bloco. O Eurostat apresentou os dados por ocasião da cúpula que as duas partes realizarão na segunda-feira (22) no Rio. As exportações de bens da UE em direção ao Brasil alcançaram 19,5 bilhões de euros (R$ 64,2 bilhões) entre janeiro e setembro de 2008, frente aos 15,4 bilhões do mesmo período do ano anterior. Por sua vez, as importações de produtos brasileiros somaram 26,8 bilhões de euros (R$ 88,2 bilhões) nos nove primeiros meses do ano, em comparação com os 23,7 bilhões de 2007. Além disso, entre 2000 e 2007 o déficit comercial passou de 1,8 bilhão de euros para 11,5 bilhões de euros. A parte brasileira do total do comércio exterior de bens da UE ficou em torno de 2% entre 2000 e 2007, enquanto nos três primeiros trimestres deste ano o percentual ficou em cerca de 2% para as exportações e de 2,3% para as importações, o que torna o Brasil o décimo parceiro comercial mais importante do bloco europeu. Por países, entre janeiro e setembro de 2008, a Alemanha foi o Estado-membro que mais exportou ao Brasil, um terço do total (34%), somando 6,6 bilhões de euros. Em seguida vêm Itália (13%, com 2,5 bilhões de euros) e França (12%, com 2,4 bilhões de euros). A Holanda foi o principal comprador europeu do Brasil no período, com 20% do total das importações (5,4 bilhões de euros), à frente da Alemanha (19%, com 5,2 bilhões de euros), Itália (11%, com três bilhões de euros), França (10%, com 2,6 bilhões de euros), Reino Unido e Espanha (9%, até 2,4 bilhões de euros cada). A Alemanha também registrou o maior excedente comercial com o Brasil de todos os países da UE (1,4 bilhão de euros) nos primeiros nove meses do ano, seguida da Áustria (400 milhões de euros). Os maiores déficits foram observados na Holanda (4,5 bilhões de euros), Espanha (1,2 bilhão de euros), Reino Unido (um bilhão de euros) e Portugal (900 milhões de euros). Entre janeiro e setembro de 2008, os veículos e as máquinas representaram a metade das exportações da UE ao Brasil, enquanto os produtos químicos e outros artigos manufatureiros foram um quinto do total, cada. Por sua parte, as matérias-primas e os artigos de alimentação representaram um terço e um quarto, respectivamente, das importações. Quanto a serviços, em 2007 as exportações da UE ao Brasil somaram 6,4 bilhões de euros, enquanto as importações representaram 4,8 bilhões de euros, por isso houve, nessa área, um excedente de 1,6 bilhão de euros, em comparação com os 600 milhões de euros obtidos em 2005 e 2006. Segundo o Eurostat, o excedente em 2007 deveu-se principalmente aos transportes (700 milhões de euros), aos impostos por direitos de licenças (400 milhões de euros) e os serviços de construção (400 milhões de euros). Em geral, o Brasil representou um pouco mais de 1% do total do comércio de serviços da UE com terceiros países. No que se refere aos investimentos estrangeiros diretos, da UE no Brasil, esses passaram dos 5,4 bilhões de euros em 2006 aos 7,1 bilhões de euros em 2007, enquanto os investimentos brasileiros diretos no bloco aumentaram de 1,2 bilhão de euros para 1,9 bilhão no mesmo período.

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