Economia

GM, Chrysler e Ford agradecem ajuda de US$ 17,4 bilhões a Bush

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postado em 19/12/2008 14:34
As montadoras americanas General Motors (GM), Ford e Chrysler agradeceram a ajuda de até US$ 17,4 bilhões anunciada nesta sexta-feira pelo presidente americano, George W. Bush, e se comprometeram a aproveitar a oportunidade para se reestruturarem. "Agradecemos que o presidente tenha estendido uma ponte financeira neste momento crítico para o setor americano do automóvel e a economia de nossa nação", informou a GM, em comunicado emitido pouco depois do anúncio do presidente Bush. "Essa ação ajuda a manter muitos empregos e apóia a manutenção das operações da GM e seus numerosos provedores, concessionários e pequenas empresas que dependem de nós em todo o país." A Chrysler, que como a GM necessita de bilhões de dólares de forma imediata para manter suas operações, expressou também sua satisfação com a decisão da Casa Branca. O presidente da empresa, Bob Nardelli, agradeceu "em nome dos homens e mulheres da Chrysler" à administração do presidente Bush e ao Departamento do Tesouro "por sua confiança na companhia". "Assinamos uma carta de intenções que detalha os requisitos específicos que se devem conseguir", disse Nardelli, acrescentando que "a Chrysler está comprometida a cumprir esses requisitos". Ele ainda emitiu uma carta aberta a todos os empregados da companhia na qual confirma que Chrysler receberá um empréstimo de US$ 4 bilhões e que antes de 31 de março de 2009 o governo federal tem que aprovar o plano de reestruturação da companhia ou então será preciso devolver os recursos. Na carta, Nardelli explicou que o grupo Cerberus, acionista majoritário da companhia, "aceitou renunciar a qualquer benefício que pudesse criar o empréstimo ponte e qualquer outra ajuda governamental que a companhia possa obter". A Ford, que não solicitou ajuda financeira a Washington (mas pediu uma linha de crédito de até US$ 9 bilhões), também expressou sua satisfação pela concessão de ajuda financeira a seus rivais. "Todos na Ford apreciamos a prudente medida que tomou a administração para responder os problemas no curto prazo de liquidez da GM e Chrysler", destacou a Ford em comunicado. "O setor do automóvel americano é muito interdependente e a decisão de um de nossos concorrentes teria um efeito dominó que poria em perigo milhões de empregos e danificaria ainda mais a já frágil economia americana", acrescentou a empresa. O presidente da Ford, Alan Mulally, afirmou que "para a Ford, a linha de crédito serviria apenas como uma salvaguarda contra a piora das condições".

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