Economia

Paulson: Congresso dos EUA precisa liberar segunda parte de US$ 700 bi

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postado em 19/12/2008 15:58
O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Henry Paulson, disse nesta sexta-feira (19/12) que o Congresso precisa liberar a segunda metade do pacote chamado Programa para Alívio de Ativos Problemáticos (Tarp, na sigla em inglês), de US$ 700 bilhões, aprovado em outubro no Congresso e destinado inicialmente a resgatar empresas do setor bancário com problemas. Segundo Paulson, com as ajudas já feitas para o setor financeiro e a ajuda de hoje, de US$ 17,4 bilhões, a ser direcionada ao setor automobilístico, a primeira parte do pacote já liberada já está praticamente esgotada. Ele afirmou ainda que o Tesouro, o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) e a Corporação Federal de Seguros de Depósitos (FDIC, na sigla em inglês, a agência dos EUA de garantia de depósitos bancários) tem recursos para, se necessário, ajudar alguma instituição que enfrentar problemas até que o Congresso aprove o uso da segunda parte do pacote. A outra metade do pacote, no entanto, é necessária "para apoiar a estabilidade do mercado financeiro", disse o secretário em um comunicado. Pelos termos do pacote, quando o governo determinar que a segunda metade dos recursos se faz necessária, terá de pedir ao Congresso, com um plano detalhado do que pretende fazer com o dinheiro. O secretário informou que os empréstimos à Chrysler e à GM serão concedidos com a expectativa de que as empresas sejam rápidas em desenvolver planos aceitáveis de reestruturação. "Esse passo vai evitar um obstáculo significativo para nossa economia enquanto coloca as empresas no caminho para a reestruturação necessária para alcançar estabilidade de longo prazo", disse Paulson, em comunicado. Da primeira parte dos US$ 700 bilhões, US$ 250 foram utilizados para comprar ações em bancos como forma de reforçar seus balanços e permitir que pudesse retomar o fluxo normal de concessões de empréstimos - o que já marcava um desvio em relação à finalidade original do pacote. No dia 12 do mês passado, o secretário anunciou outra mudança na aplicação do pacote: agora o governo pretende injetar o dinheiro em empresas fora do setor bancário, como companhias de cartões de crédito e de financiamento automobilístico e estudantil.

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