Economia

Petróleo fecha a US$ 33,87; valor caiu mais de um quarto em uma semana

;

postado em 19/12/2008 18:25
O preço do petróleo no mercado nova-iorquino fechou nesta semana com nova queda devido à piora do cenário econômico mundial. Durante essa semana, o valor da commodity retrocedeu 26,8%. Na praça de Nova York, a cotação do barril despencou 6,6%, para US$ 33,87. Durante a sessão de hoje chegou a valer US$ 33,44, a menor cotação desde 2 de abril de 2004. A commodity já está 77% mais barato em relação ao seu recorde histórico de preço (US$ 147,27) batido em julho deste ano, antes da crise financeira global estourar. O desempenho do petróleo mostrou do que o mercado financeiro é capaz de fazer com os preços das commodities. Em um cenário onde o dólar (moeda pelo qual é cotado) se desvalorizava e o mercado acionário global já sofria com a crise dos empréstimos "subprime" (de alto risco), a commodity disparou de preço - entrou no ano na casa dos US$ 100 para chegar a quase US$ 150 em julho. Porém, nos meses seguintes a crise financeira atingiu as economias desenvolvidas (o que reduz a demanda) e o dólar voltou a se valorizar, fazendo com que o preço despencasse. "O ano de 20008 foi um dos mais difíceis e voláteis jamais vividos" no mercado de petróleo, disse Peter Beutel, analista da Cameron Hanover. E a demanda deverá seguir ruim, o que baliza a decisão dos investidores de fugirem da commodity. Segundo a Agencia Internacional de Energia (AIE), a demanda mundial deve se contrair em 2008 pela primeira vez em 25 anos, e 2009 deverá ter um destino semelhante. O desempenho do preço da commodity ainda mostrou o forte caráter especulativo que virou o seu mercado futuro. "Confirmamos que o mercado de petróleo havia se tornado um puro mercado financeiro", disse Frederic Lasserre, do Société Générale, acrescentando que "não havia nenhuma razão que justificasse" uma escalada como a vista nos preços. Porém, o mercado espera uma retomada nos preços assim que a economia global retome o crescimento. Segundo eles, o preço atual é inferior aos custos de produção, o que forçará produtores a reduzir a oferta até o ponto que haja pressão da demanda e o preço suba.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação