Economia

Bovespa sustenta alta antes de parada de dois dias; dólar cai

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postado em 23/12/2008 13:35
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) registra alta nesta terça-feira (23/12), na véspera de dois dias de suspensão dos negócios por conta do feriado de Natal. O pregão volta somente na sexta-feira, dia 26. O Ibovespa, principal indicador da Bolsa, avança hoje 0,59%, aos 37.841 pontos. O dólar comercial é negociado a R$ 2,379 , em queda de 0,66%. Nos Estados Unidos, as Bolsas de Valores abriram com modesta tendência de alta, mesmo com a confirmação de que a economia dos Estados Unidos contraiu 0,5% no último trimestre. Às 13h08 (horário de Brasília), o Dow Jones Industrial Average (DJIA), principal indicador da Bolsa de Nova York, operava em alta de 0,24%, aos 8.540,24 pontos. O índice Nasdaq subia 0,49%, para 1.539,92 pontos, e o índice seletivo S 500 ganhava 0,32%, para 874,38. O governo dos EUA confirmou a retração de 0,5% Produto Interno Bruto (PIB) do país no terceiro trimestre. O dado confirma a estimativa anterior, divulgada em novembro, e a fragilidade em que se encontra a economia americana. Na agenda doméstica, o Banco Central divulgou hoje queda de 9,4% das concessões de crédito em novembro (ante outubro). No ano, a redução é de 4,9%. Para as empresas, a retração foi de 10,1% no mês e para pessoas físicas, de 7,8%. A média diária de concessões de crédito em novembro, no entanto, teve alta de 4,2% no mês. No acumulado do ano, a média diária apresentou queda de 4,9%. "É evidente a piora do crédito em novembro. Concessões recuaram para pessoa física e jurídica no mês. A qualidade também é pior, pois caem as concessões de balcão e sobem as de credito pré-aprovado, isto é, piora da qualidade", informou o Banco Fator. "O movimento de piora do crédito deve continuar. A desaceleração do crédito indica menos consumo adiante e menos PIB." Apesar da injeção de dinheiro pelos governos, os recursos ainda "estão longe de fluírem normalmente pela economia", segundo Miriam Tavares, diretora da AGK Corretora. "E não há perspectiva de uma melhora mais consistente e sólida no curto prazo. Ou seja, os indicadores macroeconômicos devem continuar evidenciando que os efeitos da crise financeira sobre a economia real são significativos. Os investidores devem seguir cautelosos e os mercados financeiros internacionais e locais voláteis e com viés negativo ainda por algum tempo", avaliou.

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