Economia

Vendas de fim de ano no varejo nos EUA caem ao menos 5,5%

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postado em 26/12/2008 13:35
As vendas na temporada de compras de fim de ano nos EUA tiveram uma queda entre 5,5% e 8% em 2008, na comparação com 2007, segundo dados preliminares levantados pela SpendingPulse, divisão da MasterCard Advisors que compila dados de compras pagas com cartões de crédito e cheques. Excluídas as vendas de automóveis e gasolina das compras feitas entre 1° de novembro - um sábado, já dentro do feriado prolongado do Dia de Ação de Graças - e 24 de dezembro - 0véspera do Natal -, as vendas no varejo tiveram queda de 2% a 4%, segundo o levantamento. Os dados da SpendingPulse mostram que as vendas de alimentos tiveram desempenho positivo, enquanto as de roupas - em particular de marcas mais caras - tiveram um resultado fraco. As vendas de roupas femininas caíram 22,7%, enquanto as de roupas masculinas caíram 14,3%. As vendas de calçados caíram 13,5% (a empresa não divulgou dados diferenciados para calçados femininos ou masculinos). As vendas de artigos de luxo caíram 35% - a SpendingPulse classifica nessa categoria jóias, roupas e artigos de couro situados na faixa que reúne os preços mais altos. As vendas de produtos eletrônicos e eletrodomésticos caíram 26,7%. Em um outro levantamento, feito pelo ICSC (Conselho Internacional de Shopping Centers, na sigla em inglês), a previsão é de uma queda de 1,5% a 2% neste ano nos EUA, na comparação com o fim de 2007. Nesse levantamento o resultado, se confirmado, será o pior desde 1969. O resultado oficial deve ser anunciado em 8 de janeiro. Contração Segundo analistas, a situação crítica do mercado de trabalho e as nevascas no país ou impediram os consumidores de ir às lojas ou simplesmente fizeram com que mantivessem as carteiras fechadas. No mês passado, o mercado de trabalho perdeu 533 mil vagas e a taxa de desemprego subiu para 6,7%, a maior dos dois mandatos do presidente americano, George W. Bush. Os gastos do consumidor já refletiram essa situação crítica no mês passado, com uma queda de 0,6% - a queda de novembro completou cinco meses de contração, a maior seqüência de perdas desde o início da pesquisa feita pelo Departamento do Trabalho, em 1959.

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