postado em 29/12/2008 13:49
O diretor-executivo do FMI (Fundo Monetário Internacional), Dominique Strauss-Kahn, afirmou que está frustrado com a forma como estão sendo aplicados na prática os acordos para enfrentar a crise que saíram da Cúpula do G20 (grupo que reúne os países mais ricos e os principais emergentes) realizada em Washington em novembro.
Em artigo publicado nesta segunda-feira (29/12) pelo diário econômico francês "Les Echos" sobre a cúpula do G20 em 15 de novembro, Strauss-Kahn afirma que "um único problema, mas de peso, é que a colocação em prática desde a realização do encontro pelo menos deixa a desejar".
"E é, portanto, aí onde se joga tanto a saída da crise como o futuro da gestão mundial", acrescenta o dirigente do FMI, que nas últimas semanas não deixou de advertir sobre a insuficiência dos planos de reativação econômica que apresentaram os governos nacionais.
Strauss-Kahn prevê que em Washington todos os participantes tinham "consciência da gravidade da situação" e foram favoráveis a "um relançamento orçamentário poderoso e a uma profunda reforma da regulação financeira".
Neste sentido se felicita que o texto do compromisso final elaborado nesta cúpula tenha "mais decisões que todos os comunicados emitidos desde o início da crise", embora a continuação mostre seu desalento, pois não se concretizaram em fatos.