Economia

Bolsas americanas abrem em alta com ajuda à financeira da GM

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postado em 30/12/2008 13:25
As Bolsas americanas abriram nesta terça-feira (30/12) com ganhos, repercutindo positivamente a ajuda de US$ 5 bilhões dada pelo governo americano à GMAC, o braço financeiro da montadora General Motors. Nem mesmo dados ruins da economia americana, como a queda de 18% do preço das casas no acumulado do ano até outubro, é suficiente para tirar o bom humor dos investidores. O Dow Jones Industrial Average --principal indicador da Nyse (Bolsa de Valores de Nova York, na sigla em inglês)-- avança 0,34%, aos 8.512,60 pontos, enquanto o ampliado S 500 ganha 0,72%, para 875,70 unidades. Na Bolsa tecnológica Nasdaq, o indicador Nasdaq Composite apresenta alta de 0,76%, aos 1.521,77 pontos. O governo americano anunciou na noite de ontem que disponibilizará US$ 5 bilhões à GMAC, vindos dos US$ 700 bilhões do pacote do Tesouro dos Estados Unidos destinado a salvar os bancos. A salvação da financeira da GMAC é considerada por analistas um fator primordial para a sobrevivência da GM. No último dia 24, o Fed (Federal Reserve, o Banco Central americano) aprovou a transformação da GMAC em banco comercial, o que permitiu que a instituição recebesse a ajuda. Em comunicado, o Fed afirmou que existem condições de emergência que justificam a medida, porque sem esse respaldo a GMAC poderia se ver forçada a uma quebra. O Tesouro americano também emprestará US$ 1 bilhão à General Motors, para uma operação de recapitalização. A ajuda se soma aos US$ 9,4 bilhões já emprestados à GM --parte dos US$ 17,4 bilhões destinados às montadoras. Os papéis da General Motors são os mais negociados na Nyse, e apresentam alta de 7,75%. A Ford aproveita o bom desempenho da concorrente e também apresenta ganho, de 2,25%. Porém, a economia americana segue dando sinais de enfraquecimento, o que barra parcialmente a alta em Wall Street. Os preços de imóveis nos EUA caíram 18% em outubro na comparação com o mesmo mês do ano passado, segundo o índice Standard & Poor´s/Case-Shiller. Trata-se da pior queda registrada por esse indicador desde 2000, que leva em conta os preços coletados em 20 áreas metropolitanas. A queda é ainda mais dramática se considerado o índice mais restrito, que abrange somente dez áreas metropolitanas: 19,1%, o pior índice em 21 anos. Já as vendas das redes de lojas caíram 1,5% na semana encerrada em 27 de dezembro, na comparação com a semana anterior, o que constituiu uma temporada de festas de fim de ano muito ruim, anunciou a ICSC (Associação Internacional de Centros Comerciais, na sigla em inglês). As vendas haviam aumentado 2,6% na semana encerrada em 20 de dezembro, após um aumento de 0,6% na semana anterior. Em termos anuais, as vendas da semana encerrada em 27 de dezembro caíram 1,8%, contra uma queda de 0,6% uma semana antes.

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