postado em 30/12/2008 15:25
As ações da Vale do Rio Doce e Petrobras puxam a recuperação da Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) no último pregão do ano, a reboque do cenário externo positivo. O mercado ignora os indicadores bastante desfavoráveis da economia americana já divulgados nesta terça-feira. O câmbio desabou durante todo o dia e marca R$ 2,33.
O Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa paulista, tem ganho de 1,61%, aos 37.657 pontos. O giro financeiro é de R$ 1 bilhão, praticamente a metade do volume regular para o horário. Nos EUA, a Bolsa de Nova York valoriza 1,58%.
A ação preferencial da Petrobras avança 1,64% enquanto a ação de mesmo tipo da Vale sobe 1,55%. Juntos, os dois papéis respondem por mais de R$ 300 milhões dos negócios já realizados na Bovespa.
O dólar comercial é negociado a R$ 2,334 para venda, o que representa um recuo de 3,35% sobre a cotação de ontem. A taxa de risco-país marca 424 pontos, número 2,07% abaixo da pontuação anterior.
O mercado repercute a notícia, divulgada ontem à noite, de que o governo americano vai ajudar, com US$ 5 bilhões, a GMAC, o braço financeiro da montadora de veículos General Motors. A salvação da financeira da GMAC é considerada por analistas um fator primordial para a sobrevivência da General Motors. Por enquanto, os investidores resistem à onda de indicadores bastante desfavoráveis já divulgados sobre a economia americana: os preços dos imóveis desabaram 18% em outubro, voltando para os níveis observados em março de 2004, segundo o influente índice Standard & Poor´s/Case-Shiller. E o índice de confiança do consumidor Conference Board apontou sua pior leitura desde 1967: 38 pontos em dezembro, ante 44,7 pontos em novembro. A sondagem do instituto privado serve como um indicador das tendências de consumo para os próximos meses e refletiu neste mês a deterioração do quadro econômico no quarto trimestre. No front doméstico, a FGV (Fundação Getúlio Vargas) informou que o ICI (Índice de Confiança da Indústria) atingiu seu ponto mais baixo desde outubro de 1998. E nas previsões para os meses seguintes, houve aumento da proporção de empresas pessimistas em relação ao ambiente de negócios.