Economia

No pior ano desde a Crise de 29, Bolsas de NY fecham em alta

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postado em 31/12/2008 20:06
As Bolsas americanas fecharam o último dia de negociação do ano com altas, puxados pela redução dos pedidos de seguro-desemprego no país. No fechamento do ano, porém, o desempenho foi muito pior: atingido pela crise financeira global, Wall Street amargou um dos piores anos de sua história. O Dow Jones Industrial Average --principal indicador da Nyse (Bolsa de Valores de Nova York, na sigla em inglês)-- avançou 1,25%, aos 8.776,39 pontos, enquanto o ampliado S 500 ganhou 1,42%, para 903,25 unidades. Na Bolsa tecnológica Nasdaq, o indicador Nasdaq Composite apresentou alta de 1,7%, aos 1.577,03 pontos. No acumulado do ano, o Dow Jones teve perda de 33,84%. Segundo dados da consultoria Economática, trata-se do segundo pior desempenho do índice desde 1921, perdendo apenas para o ano de 1931 (queda de 52,67%) e ficando muito próximo ao de 1930 (perda de 33,77%) --ambos causados pela Crise de 1929. Já o Nasdaq Composite perdeu 40,54% no ano --um tombo maior até do que o índice sofreu devido ao estouro da bolha das empresas ".com" no início da década. Hoje, o mercado avaliou positivamente os números divulgados hoje pelo Departamento de Trabalho dos EUA, que apontou queda na demanda pelos benefícios do seguro-desemprego. Foram registradas 492 mil solicitações na semana concluída no dia 27, ante 586 mil pedidos na semana imediatamente anterior. O número foi ainda menor que o previsto por analistas, embora ainda seja considerado um nível que demonstra recessão. Outro dado positivo do dia foi o número de solicitações de hipotecas apresentadas na semana passada nos Estados Unidos, que foi 155% superior ao do mesmo período do ano passado, segundo informações da MBA (Associação Hipotecária de Bancos, na sigla em inglês). O ponto negativo foi para a GMAC --braço financeiro da montadora General Motors--, que anunciou hoje que ainda não levantou os US$ 30 bilhões que o Fed (Federal Reserve, o BC americano) exige para que o converta em banco comercial, mesmo que conte com os US$ 6 bilhões cedidos pelo Tesouro americano para ajudar a empresa. As ações da GM caíram 11,32% devido ao problema.

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