postado em 02/01/2009 17:12
O secretário de Comércio Exterior, Welber Barral, disse nesta sexta-feira (02/01) que o desempenho da balança comercial em 2009 vai depender da "imaginação" dos exportadores brasileiros e das ações do governo para aumentar a competitividade do Brasil no exterior.
Barral descartou fazer previsões para as exportações neste ano, devido à instabilidade no preço das commodities --produtos que puxam as vendas do Brasil para o exterior.
Ele afirmou que o Ministério do Desenvolvimento espera manter a quantidade exportada em 2007 e 2008, cerca de 470 milhões de toneladas de produtos, mas não falou em valores.
"Não temos uma meta porque não conseguimos estipular qual vai ser a tendência para os preços das commodities", afirmou o secretário.
O único órgão do governo a fazer previsões até o momento foi o Banco Central, que espera uma queda nas exportações para US$ 193 bilhões.
Em 2008, as exportações brasileiras atingiram o valor recorde de US$ 197,942 bilhões, resultado 2% abaixo da meta fixada pelo ministério em setembro, antes da piora na crise econômica mundial.
Em relação a 2009, Barral disse apenas que "vai ser um ano difícil" para o comércio exterior.
"Vai ser um ano em que os exportadores vão ter de ter imaginação para diversificar as suas vendas e ganhar mercado. E o governo vai ter de aumentar a competitividade dos produtos brasileiros, melhorando a logística e desonerando as exportações", afirmou.
2008
A balança comercial brasileira fechou 2008 com o pior resultado desde 2002. Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, o superávit da balança (diferença entre exportações e importações) caiu 38,2% em relação a 2007 e terminou o ano passado em US$ 24,735 bilhões. Esse é o pior resultado desde o superávit de US$ 13,1 bilhões registrado em 2002. No ano passado, as exportações brasileiras cresceram 23,2% e atingiram o valor recorde de US$ 197,942 bilhões. As importações cresceram 43,6% e chegaram a US$ 173,207 bilhões, patamar que também é recorde.