postado em 05/01/2009 08:21
A expectativa em torno do pacote econômico que o próximo governo dos EUA prepara estimula certo apetite por risco nas bolsas europeias na manhã desta segunda-feira (5/01) e mantém os índices em leve alta. As petrolíferas contribuem para os ganhos, em linha com o avanço dos futuros de petróleo.
O presidente eleito dos EUA, Barack Obama, e democratas do Congresso esboçam um plano para conceder cerca de US$ 300 bilhões de cortes tributários a indivíduos e empresas. Hoje, Obama deve se reunir com os líderes dos partidos Democrata e Republicano, segundo um assessor de um senador democrata, embora a equipe de transição tenha declinado em confirmar os encontros.
Enquanto isso, o governo de coalizão da chanceler alemã, Angela Merkel, deve começar a debater hoje novas medidas de estímulo fiscal, mas continua dividido sobre possíveis cortes tributários, segundo relatos na mídia.
Às 7h59 (de Brasília), a Bolsa de Londres ganhava 0,29%; Paris tinha alta de 0,04% e Frankfurt subia 0,32%. Os índices futuros das Bolsas de Nova York operavam em leve baixa, com futuro Nasdaq 100 em queda de 0,10% e o S 500 cedendo 0,13%.
No pregão eletrônico da Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o petróleo WTI para fevereiro subia 0,97%, a US$ 46,79 por barril. Na máxima até o momento, o contrato atingiu US$ 48,68. Analistas afirmam que a Arábia Saudita pode estar preparando o terreno para uma redução considerável nos embarques de petróleo, depois de terem remarcado para cima os preços oficiais de venda para a oferta do próximo mês.
A preocupação de que o corte na oferta de gás da Rússia para a Ucrânia poderá afetar o abastecimento de energia na Europa também ajuda a manter o petróleo em alta. Na esteira, a gigante de petróleo francesa Total subia 2,0%, enquanto BP ganhava 1,4%.
Ações de montadoras recuavam, com a alemã Daimler em queda de 1,1%. A empresa decidiu não comprar a Volvo Cars da Ford, de acordo com o jornal Der Spiegel. Os papéis da Porsche cediam 3,1%, depois que o Société Générale reduziu a recomendação da ação de "compra" para "manter", afirmando que as vendas de carros de luxo não estão imunes à turbulência global.
Renault caía 6% com o rebaixamento de rating pelo Citi de "manter" para "venda", com temores de queda nas vendas de automóveis, o que coloca o dividendo em risco.
Volkswagen ganhava 2%. VW e BMW buscam aumentar a participação de mercado nos EUA, de acordo com notícia do Wall Street Journal.