postado em 05/01/2009 11:14
As ações brasileiras desvalorizam nos primeiros negócios desta segunda-feira (5/01). O mercado começa a recuperar seu giro regular de negócios após o recesso de final de ano, ainda monitorando a economia americana, mas com investidores animados com a "troca de guarda" na Casa Branca. O câmbio cede para R$ 2,32.
O principal índice de ações, o Ibovespa, retrai 1,07% e alcança os 40.081 pontos. Na sexta-feira, a Bolsa fechou com forte alta de 7,17%, mas com praticamente metade do seu volume financeiro médio.
O dólar comercial é comercializado por R$ 2,325 na venda, o que significa um declínio de 0,34% sobre a cotação de sexta. A taxa de risco-país marca 396 pontos, número 0,75% abaixo da pontuação anterior.
As Bolsas asiáticas concluíram os negócios de hoje registrando valorização das ações. Os investidores estão um pouco animados com as perspectivas de melhora do sistema financeiro em 2009. Em Tóquio, o índice de ações Nikkei teve alta de 2,07%, enquanto o índice Hang Seng, do mercado de Hong Kong, teve ganho de 3,46%. Na Europa, a Bolsa de Londres tem leve queda de 0,01% enquanto a Bolsa de Frankfurt ganha 0,36%.
Entre as primeiras notícias do dia, o boletim Focus, preparado pelo Banco Central, mostrou que a maioria dos economistas do setor financeiro já espera uma redução ainda mais drástica da taxa básica de juros do país, hoje em 13,75%, já em janeiro: muitos estimam um corte para 13,25% ao ano. Na semana anterior, a expectativa média apontava para um ajuste em 13,50%. Os economistas mantiveram a previsão de que os juros irão terminar 2009 em 12% ao ano. Na cena externa, os investidores aguardam os números sobre gastos em construção civil nos EUA, relativos ainda ao mês de novembro.
O mercado aguarda com alguma ansiedade o plano de estímulo econômico prometido pelo presidente eleito Barack Obama, que toma posse no próximo dia 20. Na semana passada, o noticiário econômico foi inundado com informações a "conta gotas" sobre o plano, que aponta como prioridade os investimentos em infra-estrutura e a geração de empregos. Políticos democratas já afirmaram, no entanto, os congressistas somente devem votar o pacote de Obama na primeira metade do mês que vem.