Economia

122 empresas das Américas perderam mais de 80% do valor em 2008

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postado em 05/01/2009 11:55
São Paulo, SP (FolhaNews) - Cento e vinte e duas empresas listadas em Bolsas de Valores nos Estados Unidos e na América Latina perderam mais de 80% do valor de mercado em 2008, sendo 45 delas brasileiras, aponta balanço divulgado nesta segunda-feira (05/01) pela consultoria Economática. As 122 companhias representam 6,5% do total de empresas estudadas (1.888). As 122 empresas tinham valor de mercado de US$ 978,6 bilhões depois do fechamento do último pregão de 2007. Um ano depois valiam US$ 115,6 bilhões, com uma perda de 88,2%. O país com mais companhias com perdas acima dos 80% é os Estados Unidos (59), seguido pelo Brasil (45). A empresa com maior queda de valor de mercado nas Américas foi a norte-americana IDEARC, do setor de publicações de páginas amarelas. Ela perdeu no ano passado 99,9% do seu valor e acabou fechando o capital em novembro. Em seguida ficou o banco de investimentos norte-americano Lehman Brothers, com perda de 99,7% --ele fechou capital em setembro. A companhia com maior perda que se mantém ativa é também a empresa brasileira com maior perda de valor de mercado. Trata-se da Agrenco, do setor de agronegócios. Ela perdeu 98,3% do seu valor de mercado no ano de 2008 --valia US$ 836,7 milhões em 2007 e fechou o ano passado a US$ 14,5 milhões. Em valores nominais, a empresa que mais perdeu valor de mercado nas Américas em 2008 foi a norte-americana AIG, a maior seguradora do mundo. Seu valor de mercado caiu US$ 143,6 bilhões --de US$ 147,8 bilhões para US$ 4,2 bilhões. No Brasil, a maior perda nominal foi da mineradora MMX (US$ 7,72 bilhões, de US$ 8,08 bilhões para US$ 360 milhões). Por meio de nota enviada à *Folha Online, a MMX informa que "a comparação entre o valor de US$ 7,72 bilhões da empresa no último pregão de 2007 e de US$ 360 milhões no fim de 2008 fica prejudicada". Isso porque no referido período, segundo a companhia, foram vendidos dois ativos --os Sistemas Amapá e Minas-Rio-- pelo valor de US$ 5,5 bilhões, montante que foi recebido pelos acionistas. "Assim, o valor menor no fim do exercício do ano passado, embora influenciado pela queda geral de valor de mercado, não refletiu apenas este efeito da crise internacional nas bolsas, mas principalmente a alienação dos dois ativos", explica a empresa.

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