Economia

Bolsas de NY abrem em baixa com dado ruim de desemprego

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postado em 07/01/2009 13:27
As Bolsas americanas abriram nesta quarta-feira (7/01) com fortes baixas, refletindo uma pesquisa que mostrou que quase 700 mil pessoas perderam o emprego nos Estados Unidos em dezembro. Às 12h57 (em Brasília), a Nyse (Bolsa de Valores de Nova York, na sigla em inglês) estava em baixa de 1,35%, indo para 8.893,48 pontos no índice Dow Jones Industrial Average, enquanto o S 500 recuava 1,48%, indo para 920,89 pontos. A Bolsa Nasdaq operava com perda de 1,75% no índice Nasdaq Composite, indo para 1.623,47 pontos. O setor privado da economia dos EUA perdeu 693 mil postos de trabalho em dezembro, segundo pesquisa da consultoria de recursos humanos ADP Employer Services. Segundo a pesquisa, o setor de serviços perdeu 473 mil vagas no mês passado, enquanto o setor de produção de bens teve perda de 220 postos. O dado veio pior que as expectativas dos economistas, que variavam entre 475 mil e 500 mil demissões. O dado traz mais preocupação para a divulgação dos dados sobre a situação do mercado de trabalho americano de dezembro pelo Departamento de Trabalho americano. Em novembro, a economia dos EUA perdeu 533 mil empregos. Para dezembro a previsão é de eliminação de 475 mil vagas - fechando, assim, 12 meses consecutivos de perdas líquidas de empregos no país. O desemprego é visto com especial cautela pelos investidores porque afeta diretamente a confiança do consumidor e a renda dos trabalhadores - que, por sua vez, são os fatores mais importantes para o desempenho do consumo, o grande motor da economia americana. Outro dado ruim do dia veio do mercado imobiliário. O número de propostas para refinanciamento de hipotecas nos EUA teve uma queda de 8,2% na semana encerrada no último dia 2, segundo dados divulgados pela MBA (Associação de Bancos de Hipoteca, na sigla em inglês). Segundo a associação, a queda se deve à espera dos clientes pela ação do Fed (Federal Reserve, o BC americano) para comprar papéis ligados a hipotecas, na expectativa de que, com isso, os juros caiam mais. As notícias corporativas também não são animadoras. A produtora de alumínio Alcoa informou na noite de ontem que demitirá 13,5 mil funcionários em todo o mundo, o que equivale a uma redução de 13% em seu quadro de pessoal. A empresa também eliminará 1.700 contratos temporários, congelará os salários e as contratações no mundo todo, venderá quatro negócios que não estão estreitamente relacionados com seu principal negócio e reduzirá sua produção anual de alumínio em 18%. Já a fabricante de componentes de computadores Intel reduziu novamente a previsão de faturamento para o quarto trimestre para US$ 8,2 bilhões - abaixo dos US$ 8,74 bilhões esperado pelos analistas do setor.

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