Economia

Britânica Marks & Spencer deve cortar 1.230 empregos e fechar 27 lojas

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postado em 07/01/2009 16:27
O grupo de distribuição britânico Marks & Spencer, que vende roupas a alimentos, anunciou nesta quarta-feira (7/01) que pretende demitir 1.230 funcionários e fechar 27 lojas para compensar a forte queda nas vendas, resultado da crise financeira. A notícia, inserida em um relatório de vendas de Natal, aumentou o pavor disseminado no setor varejista, que ainda recuperava o fôlego após o fechamento do grupo Woolworths, mais recente vítima da desaceleração econômica. As vendas da Marks & Spencer registraram uma queda de 7,1% nas 13 últimas semanas antes de 27 de dezembro de 2008, em comparação com o mesmo período do ano passado, segundo o relatório da empresa. De acordo com o documento, 25 das 27 lojas a serem fechadas correspondem ao setor alimentício da companhia, e representarão o fim de 780 postos de trabalho. Além disso, a Marks & Spencer indicou que mais 450 empregos devem ser eliminados na área administrativa, e que os funcionários que permanecerem terão seus benefícios previdenciários reduzidos. Espera-se que as medidas signifiquem uma economia de 175 a 200 milhões de libras (entre 261 e 298 milhões de dólares) no próximo ano fiscal do grupo, que começa no dia 1º de abril. "Temos consciência de que as mudanças propostas (...) serão difíceis para os membros de nosso quadro afetados por elas. No entanto, esperamos que as condições econômicas complicadas continuem pelos próximos 12 meses, pelo menos, e acreditamos que estamos tomando a atitude certa para manter a força de nosso negócio", afirma no relatório o presidente da Marks & Spencer, Stuart Rose. O setor varejista britânico, que aperta os cintos para sobreviver à assustadora recessão, já assistiu à falência de grupos importantes como o MFI, de móveis, o Zaavi, do entretenimento, e a Woolworths. Nesta quarta-feira, Rose afirmou que sua empresa se viu forçada a diminuir o ritmo e começar 2009 de maneira mais cautelosa. "Penso que janeiro, fevereiro e março serão um período de provação para todos nós, e é por isso que, infelizmente, precisamos tomar a decisão que tomamos hoje, para nos prepararmos para o que acreditamos ser um ano difícil", declarou à BBC. "Estou confiante de que sairemos inteiros dessa, e estou confiante de que seremos capazes de olhar para a frente, mas acho que será um período bem difícil", acrescentou.

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