postado em 07/01/2009 17:08
A Promotoria de Nova York pediu por escrito à Justiça americana que retire a liberdade condicional do especulador Bernard Madoff e envie o financista à prisão até que seja julgado por fraude financeira, segundo a documentação tornada pública nesta quarta-feira (7/01) no Tribunal do Distrito Sul de Nova York.
Madoff, que é ex-presidente da Bolsa tecnológica Nasdaq, foi detido em 11 de dezembro por ter criado, conforme ele próprio confessou, um gigantesco esquema Ponzi (sistema semelhante ao da pirâmide financeira) que poderia ter alcançado US$ 50 bilhões.
Pouco depois, foi determinado que ele poderia permanecer em liberdade desde que pagasse uma fiança de US$ 10 milhões --tendo como garantia seu apartamento de Manhattan--, entregasse o passaporte e o da esposa, permanecesse fechado e vigiado 24 horas em sua cobertura e após seus ativos serem congelados.
No entanto, os promotores descobriram recentemente que Madoff enviou a parentes e amigos alguns objetos de valor, como joias e relógios antigos, e isso seria uma violação das condições de sua fiança.
Os artigos teriam sido recebidos pelo irmão de Madoff, um de seus filhos, a esposa deste e um casal nova-iorquino que se encontra de férias na Flórida e que não foi identificado.
Na segunda-feira, os promotores pediram a prisão do financista, o que obrigou Madoff a sair de seu apartamento e comparecer à corte, mas o juiz Ronald Ellis ignorou o pedido e pediu argumentos por escrito.
Os advogados do réu devem apresentar hoje os documentos sobre esse tema, para que, possivelmente na quinta-feira, seja adotada alguma decisão.