Economia

Prazo de financiamento de veículos encurta e inadimplência cresce

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postado em 07/01/2009 17:52
Os financiamentos de automóveis estão cada vez mais curtos, com aumento da inadimplência e nos juros, segundo dados da Anef (Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras) de novembro de 2008. As informações ainda não têm influência da redução de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) promovida pelo governo em dezembro. As taxas de juros em novembro ficaram, em média, 1,82% ao mês e 24,16% ao ano, acima das praticadas em novembro do ano anterior, de 1,49% ao mês e 19,42% ao ano. Em relação a outubro, quando os índices ficaram em 1,86% e 24,75%, respectivamente, as taxas apresentaram pequena queda. Os planos de venda a prazo oferecidos pelas instituições financeiras também caíram em comparação a novembro de 2007. Os planos máximos reduziram de 84 meses para 60 meses e os planos médios de 42 meses para 39 meses. A inadimplência acima de 90 dias registrada em novembro de 2008 cresceu em comparação ao mesmo período do ano anterior, saltando de 3,1% para 4,1% da carteira. Se comparada a outubro de 2008 (3,93%), também houve aumento. O saldo das operações de leasing e CDC para aquisição de veículos apresentou crescimento de 27,1% no mês de novembro, em comparação ao mesmo período de 2007. As carteiras somaram R$ 136,8 bilhões, sendo que o CDC fechou novembro em R$ 81 bilhões e a carteira de Leasing atingiu R$ 55,8 bilhões. Se comparado com o mês de outubro, o saldo das carteiras de leasing e CDC registraram queda de 0,87%. O resultado reflete crescimento de apenas 0,2% do CDC e decréscimo de 1,6% dos negócios em leasing. As duas carteiras representam 34,9% do total de crédito concedido no mercado para pessoas físicas. "A escassez de recursos para o financiamento e leasing de bens móveis, identificada a partir da segunda quinzena de setembro, deveu-se muito mais a questões de confiança do que propriamente de liquidez do sistema financeiro. Acreditamos que, em algum momento em 2009 e provavelmente a partir do segundo trimestre, os recursos financeiros passem a fluir de maneira mais regular para o crédito. Embora ainda seja cedo para se projetar a performance de 2009 para o setor", afirmou Luiz Montenegro, presidente da Anef.

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