Economia

Bovespa fecha em alta de 2,87%, aos 41.990 pontos

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postado em 08/01/2009 18:25
A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) teve uma forte recuperação nas últimas horas do pregão desta quinta-feira (8/01), deixando para traz a realização de lucros vista pela manhã e "ignorando" o dia negativo das Bolsas americanas, sua principal referência externa. O câmbio atingiu R$ 2,29, em mais um dia sem intervenção do Banco Central. O termômetro da Bolsa, o Ibovespa, valorizou 2,87% no fechamento e atingiu os 41.990 pontos. O giro financeiro foi de R$ 4,99 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York cede 0,57%. Profissionais de corretoras brasileiras têm encontrado dificuldades para explicar a recente recuperação da Bolsa e têm se mostrado bastante reticentes quanto a perspectiva para as próximas semanas. "Há um certo otimismo sobre o Brasil no mercado internacional, e em paralelo, as ações ainda estão com os preços muito baixos. Agora, o mercado ainda deve ter muita volatilidade lá na frente", comenta Advaldo de Campos, economista da AMW Investimentos. "Nós estamos vendo um movimento aparente de volta na confiança no Brasil. Já houve um fluxo de investimentos estrangeiros para a Bolsa nos primeiros dias e, se os indicadores lá fora não degringolarem, tudo indica que pode continuar", afirma Rodrigo Silveira, gerente de operações da corretora e.um, "home broker" da corretora Umuarama. Silveira nota que as ações que puxaram a recuperação da Bolsa foram Petrobras, Vale do Rio Doce e siderúrgicas (CSN e Usiminas), papéis de primeira linha e que são alvo habitual dos estrangeiros. O dólar comercial foi negociado a R$ 2,292 para venda, o que representa um acréscimo de 2,32% sobre a cotação de ontem. A taxa de risco-país marca 436 pontos, número 0,72% acima da pontuação anterior. Entre as principais notícias do dia, o Banco da Inglaterra (o banco central inglês) decidiu ajustar a taxa básica de juros do país de 2% ao ano para 1,5%, em linha com as expectativas do mercado financeiro. A taxa chega, assim, a um nível jamais visto desde a criação da autoridade monetária britânica, em 1694. O próximo presidente dos EUA, Barack Obama, advertiu que a recessão americana pode se "prolongar por muitos anos", caso medidas drásticas não sejam tomadas para reativar a economia. Obama pediu que democratas e republicanos aprovem o mais rápido possível o pacote anticrise, mas hoje, a imprensa americana já reportou que o valor das medidas de estímulo pode ficar abaixo dos US$ 800 bilhões devido à resistência de uma parcela dos legisladores. A gigante global Wal-Mart, culpando a crise global e o inverno severo do hemisfério norte, informou que as vendas cresceram somente 1,2% em dezembro. Um número frustrante frente às previsões de um crescimento de 2,8% da maioria dos economistas do setor financeiro. O Departamento de Trabalho dos EUA informou que o número de pedidos iniciais de auxílio-desemprego caiu em 24 mil na semana encerrada no último dia 3. O número de pessoas que recebem o benefício há pelo menos duas semanas, no entanto, cresceu em 101 mil, atingindo 4,61 milhões, o que superou as expectativas dos analistas, que projetavam um total de 4,5 milhões. Na cena doméstica, o noticiário econômico adianta a provável conclusão das negociações entre o Banco do Brasil e o banco Votorantim. Reportagem da Folha de S.Paulo aponta que o BB deve pagar até R$ 7 bilhões pela participação na instituição financeira privada. A FGV (Fundação Getulio Vargas) revelou que a inflação medida pelo IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor - Semanal) registrou alta de 0,68% na primeira semana de 2009. No ano passado, o indicador acumulou uma alta de 6,07%, contra 4,60% registrados em 2007. E no setor corporativo, o noticiário econômico adiantou a provável conclusão das negociações entre o Banco do Brasil e o banco Votorantim. Reportagem da Folha de S.Paulo aponta que o BB deve pagar até R$ 7 bilhões pela participação na instituição financeira privada. A diretoria do BB não comentou a informação.

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