postado em 09/01/2009 13:44
A direção do Banco Votorantim negou que a venda de parte da instituição para o Banco do Brasil se deva a dificuldades provocadas pela crise no sistema financeiro. De acordo com José Ermírio de Moraes Neto, que será vice-presidente do Conselho do Votorantim, o banco tem mais capacidade de gerar negócios do que dinheiro disponível para realizar essas operações, o que deve mudar agora com a injeção de recursos do BB.
"Nós temos uma máquina que tem muito mais capacidade de gerar negócio do que a gente consegue de funding [recursos]. Ela vai receber é mais combustível", afirmou.
O executivo negou que o banco esteja envolvido na negociação de créditos de alto risco e afirmou que o Votorantim "não trabalha com derivativos tóxicos".
Sem operação de socorro
Em relação às perdas provocadas na área industrial do grupo Votorantim por causa da alta do dólar, ele afirmou que não será usado dinheiro do BB para que seja feita uma operação de socorro.
"Essa negociação não tem nada a ver com a crise econômica. Isso foi uma pura coincidência. Todos esses recursos serão inteiramente aplicados no negócio financeiro, A área industrial do grupo não precisa desses recursos. Não há nenhuma operação de socorro." O presidente-executivo da instituição, Wilson Masao, afirmou que a crise prejudicou os bancos médios e pequenos, o que não é o caso do Votorantim. "Continuamos operando normalmente. Estamos apresentando resultados bastante expressivos."