O ministro do Planejamento e Desenvolvimento da Bolívia, Carlos Villegas, disse que o Brasil aumentará "significativamente" a importação do gás boliviano. Na quarta-feira, a Petrobras anunciou a redução na compra do gás de 30 milhões de metros cúbicos por dia para 19 milhões.
Villegas participou de uma reunião de quase três horas com o ministro Edison Lobão (Minas e Energia) e com o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli. Ele não informou qual será o novo volume importado, mas disse que o aumento começará a partir de amanhã.
"Houve um aumento importante no compromisso do Brasil a partir de amanhã. Teremos uma confirmação para saber exatamente o montante. Haverá um aumento significativo", afirmou Villegas após a reunião.
Mais cedo, o ministro Lobão havia dito que a redução na quantidade de gás natural importado da Bolívia representaria uma economia de US$ 600 milhões ao Brasil.
Segundo o ministro, o corte no volume de gás de 30 milhões para 19 milhões de m3/dia estava previsto para ser mantido até abril. Nesse período, há muitas chuvas e as hidrelétricas são acionadas, desligando, assim, as termelétricas movidas a gás.
O CMSE (Conselho de Monitoramento do Setor Elétrico) se reuniu hoje e decidiu desligar praticamente todas as termelétricas. Apenas as usinas nucleares de Angra 1 e 2 (que geram 1.200 MW) e as termelétricas Norte Fluminense 1 e 2 (400 MW) permaneceram ligadas, por produzirem energia barata. Ao todo, as usinas que serão desligadas geram 8 mil MW.