Economia

Bovespa fecha em queda de 5,24%, aos 39.403 pontos

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postado em 12/01/2009 18:28
A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) desabou no pregão desta segunda-feira, devolvendo boa parte dos ganhos acumulados ao longo deste mês. O mau humor com a economia global guiou os negócios de hoje, principalmente com o início da temporada de divulgação de balanços nos EUA. O câmbio refletiu em cheio esse nervosismo e atingiu R$ 2,29. Esse pessimismo também teve impacto nos preços das commodities (matérias-primas), a exemplo do petróleo: a cotação do barril cedeu para US$ 37, em queda de 7%. O termômetro da Bolsa, o Ibovespa, recuou 5,24% no fechamento e voltou aos 39.403 pontos. O giro financeiro foi de R$ 3,39 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York, ainda aberta, retrai 1,54%. A ação preferencial da Petrobras amargou perdas de 6,46%, enquanto a ação da Vale, outro papel bastante influente da Bolsa, cedeu 7,26%. "Passados os bons ventos que levaram a bons resultados até o terceiro trimestre de 2008, iniciaremos uma sequência até o segundo trimestre de 2009 de fracos resultados, tanto em relação aos seus comparativos em 2008, como aos trimestres anteriores", comentou o departamento de análise da corretora Planner, em relatório sobre as perspectivas para 2009. O dólar comercial foi negociado por R$ 2,296 na venda, o que representa uma alta de 1,05%. A taxa de risco-país marca 444 pontos, número 4,96% acima da pontuação anterior. Na semana passada, o mercado repercutiu mal os números do Departamento de Trabalho dos EUA, que mostraram o fechamento de 524 mil postos no mês de dezembro, dado que continuou a repercutir nas Bolsas asiáticas na jornada de hoje. Nesta semana, há poucos motivos para mudar o ânimo: os balanços do quarto trimestre, e os próximos indicadores macroeconômicos, devem mostrar ainda números pouco animadores. A agenda econômica foi bastante esvaziada, com exceção de algumas cifras domésticas. O boletim Focus, preparado pelo Banco Central, revelou que a maioria dos economistas do setor financeiro ajustaram para baixo suas previsões de crescimento: a mediana das projeções caiu de 2,4% para 2%. Os economistas também reajustaram suas projeções da taxa Selic, de 12% para 11,75% em dezembro. Já a FGV (Fundação Getúlio Vargas) divulgou a primeira estimativa do IGP-M de janeiro, que apontou uma deflação de 0,31% contra uma alta de 0,14% na primeira leitura de dezembro.

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