postado em 13/01/2009 17:12
O número de empresas americanas com ações negociadas em Bolsa a declarar falência no ano passado foi o mais alto desde 2001, com prejuízos recorde, segundo estudo de uma consultoria especializada publicado nesta terça-feira.
Ao todo, 136 companhias com capital aberto recorreram à lei de falências americana, o que representa um aumento de 74% em relação ao ano anterior. O número, no entanto, ainda está longe das 263 companhias que quebraram em 2001.
O ano de 2008 se caracterizou pela bancarrota de várias empresas jovens, após o estouro da bolha da internet.
O total de ativos comprometidos chega a US$ 1,16 trilhão, cifra recorde desde 1980, quando a consultoria BankruptcyData, autora do estudo, começou a calcular estes dados. O montante é 16 vezes maior do que o registrado em 2007.
"Os ativos envolvidos em quebras foram excepcionalmente elevados, devido ao número incomum de falências de grandes instituições financeiras", explicou a consultoria.
As entidades financeiras representam apenas 9% do total de empresas que quebraram, mas envolveram 94% dos ativos afetados, com US$ 1,09 trilhão.
O banco de investimentos Lehman Brothers pulverizou o recorde da bancarrota mais cara da história, que havia sido estabelecido em 2002 pela WorldCom, cuja falência causou prejuízos seis vezes menores.