Economia

Preço do petróleo avança em NY com tensões geopolíticas

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postado em 13/01/2009 18:58
O preço do petróleo fechou com leve alta nesta terça-feira em Nova York. A possibilidade de novos cortes de produção pela Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) e as tensões geopolíticas deram o tom dos negócios hoje. Porém, a preocupação com a demanda nos Estados Unidos --maior consumidor mundial-- agiu de forma contrária, limitando a alta da commodity. Na Nymex (Bolsa Mercantil de Nova York, na sigla em inglês), o barril de petróleo tipo WTI para entrega em fevereiro subiu 0,5%, para US$ 37,78. O sequestro de um funcionário da francesa Total na Nigéria voltou a assustar o mercado, já que problemas com as instalações petrolíferas no país foram comuns nos últimos anos e atingem diretamente a oferta nos Estados Unidos, que é o principal comprador da commodity do país africano. Também faz parte da lista de preocupações geopolíticas a continuidade dos ataques israelenses na faixa de Gaza e da "guerra do gás" entre Rússia e Ucrânia. Além disso, a Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) anunciou hoje em Viena que não hesitará em continuar reduzindo sua produção na próxima reunião de março se, em um futuro próximo, houver um excesso de oferta nos mercados internacionais. O último corte de 2,2 milhões de barris, adotado no início do ano, não surtiu o efeito desejado --o preço se mantém na casa dos US$ 40 desde então. Devido a esses problemas, o preço do petróleo chegou a bater US$ 39,50 durante as negociações, mas voltou a cair depois com a continuidade do enfraquecimento da economia americana. O Departamento de Comércio americano divulgou hoje que, em novembro, o país importou 261,6 milhões de barris da commodity --19,3% a menos do que em outubro. Em valores a queda foi ainda maior, de 41,5%, já que neste período o preço do barril teve queda. O mercado ainda espera pelos dados semanais das reservas da commodity. A expectativa é de que o Departamento de Energia apresente mais uma elevação.

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