Economia

Decreto do GDF proíbe feirões de veículos

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postado em 14/01/2009 08:18
O governo do DF decidiu manter por, pelo menos, mais um ano a proibição de realização de feirões para a venda de veículos. Na segunda-feira, o GDF publicou decreto ampliando a suspensão, que havia encerrado no fim de 2008, para até 31 de dezembro de 2009. A medida atende a solicitação dos empresários que temem que os feirões roubem a clientela da Cidade do Automóvel, o que impediria um crescimento das vendas e provocaria demissões de trabalhadores. Desde o fim de 2007, os feirões de carros não são permitidos na capital federal. Com a decisão, segundo a assessoria de imprensa do GDF, as licenças concedidas, durante 1º e 9 de janeiro ; período em que a proibição ainda não havia sido prorrogada ; perdem a validade. O novo decreto foi alvo de críticas da Associação Brasiliense das Agências de Veículos (Abrave). A entidade deve registrar prejuízo, pois, conforme o vice-presidente, Bruno da Silva Alexandre, investimentos foram feitos para a realização do Festival Automotivo de Brasília, entre 24 e 25 de janeiro no Estádio Mané Garrincha, que agora, provavelmente, terá que ser cancelado. O diretor de Marketing da Abrave, Alexandre de Souza, frisou ainda que todos os procedimentos para a emissão do alvará de realização do feirão foram cumpridos rigorosamente. ;Respeitamos a lei. Entramos com o pedido e conseguimos a licença num momento em que a proibição não estava valendo porque a lei havia expirado;, destacou. O diretor da Associação das Agências de Automóveis do DF, Ricardo Recch, defendeu a proibição. Ele explicou que, devido ao aumento dos gastos com mídia, os investimentos em feirões ficaram altos, o que teria que ser repassado para o custo do veículo, inviabilizando os negócios. ;A associação apoia este decreto;, reforçou. Dados do Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos Autorizados do Distrito Federal mostram que de janeiro a dezembro, 94.773 unidades foram vendidas, contra 87.334 em 2007, o que representou uma alta nos emplacamentos de 8,52%.

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