Economia

Pedidos de hipoteca nos EUA atingem maior nível desde 2003

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postado em 14/01/2009 11:44
O número de pedidos de hipoteca nos EUA teve um crescimento de 15,8% na semana encerrada no último dia 9, com o indicador de atividade nesse segmento do mercado imobiliário chegando a 1.324,8 pontos. Trata-se do maior nível desde a semana encerrada em 11 de julho de 2003, quando o indicador chegou a 1.358,2 pontos. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (14/01) pela MBA (Associação dos Bancos de Hipoteca, na sigla em inglês). Segundo a associação, o indicador é formado pelos pedidos tanto de financiamento para a compra do imóvel como de refinanciamento de um imóvel já adquirido. A parcela referente aos pedidos de refinanciamento correspondeu a 85,3% do total, contra 79,8% uma semana antes. Trata-se da maior proporção desde que a MBA passou a compilar os dados, em 1990. Os juros das hipotecas de 30 anos com taxas fixas ficou em média em 4,89%, uma redução de 0,18 ponto percentual em relação ao visto uma semana antes. Essa foi a menor taxa já registrada pela associação. Há um ano, a taxa média era de 5,77%. Os juros dessas hipotecas têm caído desde que, no fim do ano passado, o Federal Reserve (Fed, o BC americano) anunciou que irá empregar até US$ 500 bilhões na compra de títulos lastreados em hipotecas que haviam sido garantidas pela Fannie Mae, Freddie Mac e Ginnie Mae - as três empresas hipotecárias que contam com apoio do governo. "Muitos especialistas concordam que as taxas vão permanecer relativamente baixas pelos próximos meses, uma vez que o governo federal está comprometido agora a comprar títulos lastreados em hipotecas para manter os custos dos financiamentos baixos", disse o diretor operacional do serviço de corretagem Zillow.com, Spencer Rascoff. "Mas o futuro das taxas é incerto, por isso, aproveitar essas baixas taxas agora é uma opção inteligente", disse. De acordo com a executiva-chefe da Manhattan Mortgage Company, Melissa Cohn, o volume de pedidos teve um crescimento acentuado nas últimas semanas, com a queda dos juros. "Estamos trabalhando dobrado para dar conta do volume maior [de pedidos]", afirmou.

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