Economia

Bolsas de NY abrem em baixa após dados ruins do varejo dos EUA

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postado em 14/01/2009 13:49
As Bolsas americanas abriram em baixa nesta quarta-feira (14/01), com a repercussão negativa das vendas do varejo americano em dezembro do ano passado - que caiu mais do que o esperado pelos analistas. Às 13h23 (em Brasília), a Nyse (Bolsa de Valores de Nova York, na sigla em inglês) estava em queda de 2,71%, indo para 8.219,50 pontos no índice Dow Jones Industrial Average, enquanto o S 500 perdia 2,9%, para 846,50 pontos. A Bolsa Nasdaq operava em alta de 2,59% no índice Nasdaq Composite, indo para 1.506,47 pontos. As vendas no varejo nos EUA tiveram queda de 2,7% em dezembro, marcando seis meses consecutivos de recuo no setor varejista do país, segundo dados divulgados nesta hoje pelo Departamento do Trabalho. O dado veio bem pior do que o esperado pelos analistas do setor, que apostaram em queda de 1,2%. O pessimismo dos consumidores sobre o rumo da economia, em recessão desde dezembro de 2007, e em particular sobre o mercado de trabalho, afetaram as vendas no mês passado. Os dados de hoje, assim, confirmam o que as principais redes varejistas já haviam apresentado na semana passada. A rede Wal-Mart teve um crescimento de 1,2% nas vendas, contra uma expectativa de expansão de 2,8%. Outras redes tiveram menos sorte: a Costco sofreu uma queda de 4% nas vendas; as vendas da Sears Holdings (que opera as redes Sears e Kmart) caíram 7,3%; na Macy´s a queda foi de 4% em dezembro. Outra fonte de preocupação dos investidores está nas notícias corporativas. O Citigroup e o Morgan Stanley anunciaram ontem a fusão de suas respectivas filiais especializadas na venda de produtos financeiros para particulares. A nova empresa recebeu o nome de Morgan Stanley Smith Barney, será controlada pelo Morgan Stanley, com 51% do capital. O Citigroup vai ficar com 49% na joint venture e receber pelo negócio US$ 2,7 bilhões. Segundo analistas, a fusão é um sinal de que o Citigroup, o maior banco americano em ativos, está com problemas de liquidez. As ações do banco recuam 12%. Já a Nortel - empresa canadense de equipamentos de telecomunicações - estuda a possibilidade de recorrer à proteção da lei que regulamenta os processos de falências, segundo o jornal "The Wall Street Journal". Devido ao boato, os papéis da empresa têm perda de 23,8%.

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