Economia

Preço do petróleo recua com novo aumento de estoques nos EUA

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postado em 14/01/2009 15:38
O preço do petróleo registra queda nesta quarta-feira (14/01), após o Departamento de Energia dos EUA anunciar um aumento nas reservas da commodity no país na última semana. O aumento das reservas reflete a fraca demanda por combustíveis no país, que atravessa uma recessão desde dezembro de 2007. Às 14h59 (em Brasília), o barril do petróleo cru para entrega em fevereiro, negociado na Nymex (Bolsa Mercantil de Nova York, na sigla em inglês), estava em baixa de 2,75%, cotado a US$ 36,74. Até o horário, o preço máximo atingido pela commodity era de US$ 39,45 e o mínimo, de US$ 35,52. Segundo o departamento, as reservas americanas cresceram em 1,2 milhão de barris na semana encerrada no último dia 9. O total é menor que o esperado pelos analistas --um acréscimo de 3 milhões de barris às reservas--, mas na semana imediatamente anterior as reservas já haviam crescido em 6,7 milhões de barris. A contínua expansão dos estoques americanos refletem desaquecimento da economia dos EUA. O PIB (Produto Interno Bruto) dos EUA teve contração de 0,5% no terceiro trimestre do ano passado, e a expectativa para o quarto é de uma contração ainda maior. Segundo o Nber (Escritório Nacional de Pesquisa Econômica, na sigla em inglês), a economia do país já está em recessão desde dezembro de 2007. O CBO (Escritório Orçamentário do Congresso, na sigla em inglês) informou neste mês que a economia americana deverá ter neste ano uma contração de 2,2% e uma reação só deve chegar em 2010, com um crescimento de apenas 1,5%. O preço da commodity chegou a atingir o patamar de US$ 50 recentemente devido às tensões causadas pela ofensiva de Israel contra a faixa de Gaza e pela disputa entre Rússia e Ucrânia sobre gás natural. Os sinais de debilidade da economia mundial, no entanto, ganharam a atenção dos investidores e voltaram a derrubar as cotações. Há quase um mês, antes da ação de Israel, o preço chegou a cair a US$ 33; em julho do ano passado, antes da quebra do banco Lehman Brothers e do aprofundamento da crise financeira internacional, o barril chegou ao recorde de US$ 147,27. No dia 1° deste ano, a Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) efetuou um corte de 2,2 milhões de barris diários de sua produção, na tentativa de conter o declínio dos preços, sem sucesso. Ontem, o presidente venezuelano, Hugo Chávez, disse estar disposto a fazer um novo corte em sua produção petrolífera a fim de "defender os preços justos" do barril. Ele afirmou ainda que os representantes dos países da Opep concordam com um novo corte. "Se for preciso cortar outros dois milhões de barris de petróleo faremos isso para preservar o preço do barril", afirmou.

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